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12 de jul. de 2012

Músicas em tarde de sucessos!...




Essa é da série “grandes promessas, incertos negócios”. Uma banda chamada Cage the Elefant, que faz uma mistura de rock, punk, hardcore e hip-hop. As musiquinhas são curtas e não dá tempo de encher o saco. A gente ouve e diz: “pô, legalzinho isso”.
Apesar do vocalzinho ser meio aquele timbre “já ouvi isso antes”, os caras parecem ter personalidade para sobreviverem naquele mercado mais alternativo, ou seja, da galera que usa all star e toma cerveja na calçada. O desempenho da banda na Billboard é excelente e isso não dá pra negar. Eles estão sempre ali beliscando as primeiras posições no seu segmento.
Mas, tipo assim, acompanha o meu raciocínio: os caras são uma banda americana que quer ser inglesa e isso às vezes soa um pouco falso. Mas a farsa é tão descarada que eles inclusive se mudaram pra Inglaterra. Só o tempo vai dizer se o pessoal vai mesmo engolir esse engodo assumido. Só nos resta esperar e desejar sorte ao Cage the Elefant. A propósito, achei o nome sem graça.




Febre nos bolichos que bombam bate-estacas e afins, só ouvi falar em mashup após ler uns meses atrás sobre um projeto piradaço que traçava crossover sonoro entre Beatles e Beastie Boys numa Bizz  de 2006 (revistas de música não são perecíveis, cara. Não as jogue fora). Apunhalado pela peixeira da curiosidade, corri ao meu bróder Soulseek e mandei ver nuns downloads do tal projeto, batizado como “The Beastles”.
E é uma pérola, cara. Muito bom.
Mas, alheio a essa tendência bundamole de grandes artistas (sic) do R&B e DJs descolados em cometer tais sobreposições, montagens e o caralho a quatro, e, de quebra, agregar a elas a odiosa nomenclatura “Vs”, fico com o ‘mashup orgânico’ do Dread Zeppelin.





Grupo londrino misturou jazz dos anos 60 com batidas de hip hop e rap, fazendo assim um som contemporâneo para um novo público.
Há 19 anos atrás, em Londres, o produtor musical Geoff Wilkinson  preparava amostras de jazz-funk dos anos 60 com o guitarrista Grant Green, o que seria um prenúncio de sucesso com o surgimento do US3. O resultado foi algo até então inconcebível: dance-jazz encontrado no single “The Boogie the band Played”, música que estouraria nos quatro cantos do mundo. Por conta do som diferenciado para os padrões do momento, Wilkinson recebeu um convite da EMI.

Os críticos avaliavam que o US3 seria um grupo que tentava fazer com que o jazz chegasse a uma audiência de massa, por ser um ritmo nem um pouco popular. A mistura com pintadas de hip hop e rap, garantia um som mais embalado e dançante, fazendo com que a experiência musical se difundisse e chegasse ao grande público.
O grupo se popularizaria com “Cantaloop” (1992), faixa que se tornaria o carro-chefe do US3, fazendo com que o álbum homônimo de 93 vendesse mais de 1 milhão de cópias somente nos Estados Unidos. “O single é uma amostragem de faixas de jazz clássico, misturando-as com batidas mais joviais. Com esse jazz, é possível reconhecer o som clássico, o passado, no entanto, é uma música enraizada no presente, com um olhar no futuro, tudo ao mesmo tempo”, explicou Geoff Wilkinson.



Fazia bastante tempo que eu não prestava mais a atenção nas cantoras do cenário musical. Talvez por achar todas elas cópias uma das outras. Muda o cabelo e a roupa. O jeito de cantar e rebolar é o mesmo (e me perdoem que não acha isso). Temos atualmente, na tentativa de salvar a pátria das cantoras, uma figuraça chamada Amy Winehouse. Que, penso eu, está com uma imagem e uma voz já um tanto quanto desgastada devido aos seus problemas com as drogas, álcool e o tédio de ter que cair na estrada para as tours. Vide shows no Brasil onde ela parecia de saco cheio de tudo. Já estava desistindo novamente de reparar em cantoras novamente quando me caiu no colo um single chamado “Many Moons”.

Uma cantora negra de voz potente, afinada, compositora e com sensacional presença de palco. Janelle Monáe  é a figura da qual falo. Nascida no Kansas, tem 25 anos e além das outras qualidades que mencionei, ainda é bailarina. A mistura do som é maravilhosa. Como diz Nelson Motta, “é mistura fina”. Uma mescla turbinada onde Janelle desfila sua voz na passarela do funk, soul e do pop. Tudo isso com muito vigor. Junte-se a isso uma banda de apoio muitíssimo competente. Não por acaso, Janelle foi considerada a cantora revelação de 2010 nos EUA. Vi, ouvi e gostei! Janelle Monáe deu uma super “canja” no Late Show, programa apresentado pelo David Letterman. Nesta performance fica clara a referência ao Rei do Soul James Brown.


Quando eu tô muito puto com alguma coisa, ouço Rage Against The Machine. Não sei explicar o porquê, mas sei que me ajuda a botar a raiva pra fora. Talvez seja o vocal do Zack de la Rocha, que tem esse timbre de revolta. Talvez seja a guitarra do Tom Morello, que por vezes parece querer gritar. Não é a toa que os caras são a banda mais politizada dos EUA e, quem sabe, do mundo. Não aquela papagaiada que o milionário do Bono Vox  faz. É ação de verdade, a ponto de ser preso por fazer um show fechando as portas da bolsa de valores de Nova Iorque.

Esses dias vi uma entrevista de um escritor na televisão dizendo que escrevia por vingança. Talvez o Rage também toque pra se vingar. Pra se vingar dessa gente desgraçada e filha da puta com quem a gente tem que conviver todos os dias. Pra se vingar dessa merda de vida que só escraviza, que só tira a nossa liberdade. Liberdade de dizer o que quer e o que não quer. Liberdade de dizer o que gosta e o que não gosta.

Desculpa aí, mas hoje eu tô com a “muleshta”. Eu tô com a peste. Eu to com a gota. E só o RATM pra me acalmar.


“Outliving” é a faixa principal de “Live at Stubb’s Vol. II”, novo trabalho do excêntrico rapper judeu Matisyahu, conhecido por sua mistura eclética musical tradicional com o hip-hop moderno. O trabalho que será lançado em fevereiro de 2011 traz pitadas de reggae e dancehall combinados é claro com ensinamentos do judaísmo.

Desde “Shake off the Dust… Arise” (2004), seu primeiro trabalho, Matisyahu já coleciona a bagatela de dois milhões de discos vendidos. O rapper estourou nas paradas com “King Without a Crown”, durante um show realizado em fevereiro de 2005 na cidade americana de Austin, onde registrou “Live at Stubb’s”. Retornando ao mesmo local em agosto de 2010 para gravar o Volume II que será lançado em fevereiro de 2011.

“Live at Stubb’s Vol. II” estará disponível em CD, vinil, e como um download digital. Para melhor explorar ainda mais a experiência ao vivo, o trabalho também será lançado um DVD com um documentário incluído, além de uma edição de luxo (US$ 35) e Super Luxo (U$ 75).

O rapper chegou até a gravar uma versão da clássica “Message In Bottle” do The Police, no álbum “No Place To Be” (2006).