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10 de mai. de 2012

Músicas internacionais de sucesso em todo o mundo!





O Traveling Wildburys  faz jus aquele ditado: o que é bom, dura pouco! Também pudera, uma banda de rock, na verdade um super projeto surgido no final da década de 80, que tinha como integrantes nada mais, nada menos do que George Harrison, Bob Dylan, Roy Orbison, Tom Petty e Jeff Lynne, nada mal né, ficaram ativos por apenas dois anos (1988-1990). Não teria como sair música ruim daí!
O megagrupo gravou quatro álbuns, com destaque para “Handle With Care”, “End of the Line” e “Not Alone Anymore”, marcadas pela voz inconfundível de Roy Orbison.

Já a lenda viva Bob Dylan foi presença visível nos trabalhos dos Wildburys, principalmente, na clássica “Nobody’s Child”, um single de caridade e na pérola “Where You Last Night?”, um dos destaques do “Volume Três”.
Não menos importante, o ex-beatle George Harrison esteve em sua melhor forma na clássica “You Took My Breath Away”, algo comparável aos seus sucessos da carreira solo: “Here Comes The Sun”,” Something” e “My Sweet Lord”.

Após o “Volume Três”, os membros do grupo retornaram à sua carreira solo. Além dos discos apresentados até aquele momento, dois outros álbuns dos Wilburys foram liberados. “Tom Petty: Full Moon Fever”, que caracterizou o megagrupo e foi produzido por Jeff Lynne, sendo relançado como “Traveling Wilburys: Volume Dois”, entre dois outros álbuns e o “Volume Quatro”, uma coletânea de lados-B, faixas inéditas, e uma versão de Roy Orbison para “You Got It”, escrito por Lynne e Harrison.
Quem fez uma participação especial no Wildburys foi outro ex-beatle. Ringo Starr esteve presente em um tributo a John Lennon, cantando “I Call Your Name” ao lado do megagrupo.



Lembro bem da primeira vez que topei com aquele bolachão. Foi numa tarde chuvosa e fria pra caralho no longínquo ano de 1998. Coincidência ou não, era junho. Argentina e Inglaterra se digladiavam pelas oitavas-de-final na Copa, no entanto, mesmo sendo um típico adolescente de 17 anos tarado pelo esporte bretão (e pela Mari Alexandre) à época, ignorei solenemente o jogaço, escolhi uns CDs em meio a minha emergente coleção (very 90s, não?) e bati sola até a casa dum colega de escola. Lá encontraria outros três trutas para tratar de um papo assaz relevante: definir o repertório de nossa banda, a imaginária/sci-fi “Sobretudo Blues” (é, pode crer, o nome era ótimo).

Curiosamente, os discos que carregava comigo nada tinham a ver com a melancólica manifestação artística dos blacks que suavam o couro em plantações no delta do Mississipi e que fundamentariam mais tarde na santíssima trindade mi, ré e lá esse tal de roquenrou. Lembro de tentar empurrar goela abaixo dos convivas pelo menos três deles: “Nevermind”, do Nirvana (que levava até pro banho), Vol. 4, do Black Sabbath e “20000 Watt R..S.L”, um greatest hits do Midnight Oil que hoje em dia me causa ojeriza. É. Acredite. Dois anos após o advento da internet comercial no Brasil e ainda distante da era digital (distante de mim, pelo menos), minha “pluralidade” de subgêneros roqueirísticos não ia muito além disso. Esse era o cenário de minha mediocridade cultural enquanto o fim dos anos 90 batia à porta.

Mas o dia marcaria um approuch com outra singela contribuição cultural da Grã-Bretanha à humanidade além do foot-ball: The Rolling Stones. Já ouviu falar? Pois é. Eu já conhecia o fino da banda naquele tempo por conta de um best of da fase 71-93 que engrossava minha fileira de compact discs com relativo destaque (atrás dos álbuns grunges, claro): Jump Back. Yeah, babe. Há 12 anos, o rock dividia com os games o segundo lugar no pódio do top 3 de minhas curtições adolescentoides. Em terceiro lugar? Bronha, naturalmente. Sem dispor da profícua ferramenta da putaria amplamente oferecida atualmente pela Grande Rede, a prática comum da gurizadinha era aguardar o fim de semana pra sacar alguns bundões e peitões em sessões da Sexta Sexy, que, mais tarde, daria lugar ao Cine Privé, exibido aos sábados. Era o período pós-romântico da punheta.

Entre uma sugestão e outra de músicas a serem incluídas no set-list de nossa sonhada banda – recortadas por comentários prenhes de babaquice adolescente, como “tu vai tocar (o) baixo ou alto?” Dã! –, eu passava os dedos na coleção de vinis (que já cheiravam a velharia naquele tempo) de nosso anfitrião, que dedilhava uns acordes malogrados e irritantes ao violão atirado num canto do quarto bagunçado. O apelo visual de certa capa bizarra que abrigava dois discos me saltou aos olhos.

– Hum… Exile on Main St. É bom este Stones, cara? Pô, só conheço “Tumblin’ Dice” – comentei.

Caio interrompeu uma execução sofrível de “Pennyroyal Tea” (no fundo, éramos todos uns grunges de merda) e soergueu os olhos em minha direção.

– Do caralho. Aliás, quero sugerir uma música desse disco. “Ventilator Blues”.

E eis que o cara começou a tirar um riff bluesly marotíssimo da viola, revelando habilidade que surpreendeu afú a galera.

– Deixa eu mostrar – disse em seguida, levantado-se e lançando o vinil na vitrola.

Escorado pelos riffs de Keith Richards, o ratinho branquelo Mick Jagger, como um típico negrão corista de blues no sul dos States, vociferava raivosamente a plenos pulmões:

“When your spine is cracking and your hands, they shake,
Heart is bursting and you butt’s gonna break.
Your woman’s cussing, you can hear her scream,
You feel like murder in the first degree…”

Levantei da cadeira num salto.

– Putaquepariu, meu véio! Que sonzeira é essa?!


Pouco mais de uma década após tal emblemático episódio, compreendo de forma mais pura tais contundentes versos. Vai ver porque vivi mais (mas não o suficiente, talvez) pra sofrer e, por assim dizer, sacar a essência do blues. Fato é que esse hiato na timeline da minha pífia existência me deu substrato, cancha, traquejo ou coisa que o valha pra curtir intensamente o documentário “Stones in Exile”, que relata as idiossincrasias e excentricidades stoneanas que envolveram a gravação desse álbum maldito. Capitaneado pelos ilustríssimos senhores Jagger/Richards e Watts, dirigido por Stephen Kijak e produzido pela Passion Pictures, o vídeo reúne em uma hora e 10 minutos cenas de bastidores obscuros do espetáculo hedonista e sociossexual que a banda representava no início dos anos 70.

A terceira idade e a sétima arte: Matusalém, Obi-Wan e Mumm-Rá na première de Stones in Exile, New York

A terceira idade e o cinema: Matusalém, Obi-Wan e Mumm-Rá na première de Stones in Exile, New York

Em 1971, os Stones viviam um paradoxo perfeito. Mesmo com o status de maior banda do mundo (os besouros haviam cessado suas batidas um ano antes, deixando a pista livre para as pedras rolarem – falando metaforicamente pro leitor incauto não entender lhufas), eles estavam à beira da falência. Apesar da situação singular, a explicação se baseia numa matemática simples: eles torravam mais do faturavam. Ou seja, após gastarem o que tinham (e o que não tinham) em diversão (leia-se drogas), arte, luxo e finesses afins, os Stones precisaram atravessar o Canal da Mancha com o rabinho entre as pernas. Devendo até as cuecas para o fisco inglês, os caras foram de mala e cuia para a França, onde se espalharam pelo sul do país. A trama que os Stones tinham em mente era a de gravar um disco por lá (longe também da polícia inglesa, que tava no encalço dos malandros por conta da curtição deles com a heroína) e lançá-lo mais tarde numa tour pelos EUA, onde tirariam grana dos yankees pra honrar suas dívidas. Honesto, não? E antropológico, também.

Keith Richards  foi parar em Villefranche-sur-Mer, um vilarejo paradisíaco pra cacete perto de Nice, no litoral mediterrâneo. Lá ele alugou uma PUTA mansão (onde o disco seria gravado) à beira-mar chamada Villa Nellcôte, que havia sido usada como bunker nazista na Segunda Guerra Mundial – sim, e ainda havia suásticas nas paredes depois de quase 30 anos. Mick, com sua necessidade imensa de figurar no jet-set (ao contrário de Keith, que tinha lá um jeitão mais lo-profile), foi para Paris curtir uma de casadoiro com a gatíssima Bianca, uma latina muy caliente da Nicarágua. Aliás, trechos da cerimônia de casamento aparecem no documentário. O mais afudê é que diversos músicos ingleses deram uma pausa nas gravações e foram prestigiar a parada, como os bitôus Ringo Starr e Paul McCartney, por exemplo. Muitos deles tinham mais o que fazer e foram embora após o casório. Outros, bem menos atarefados, estenderam o festerê na casa de Richards, onde certamente rolou um dos maiores festivais de aspiração de pó da história.

Além de trechos que sobraram em “Cocksucker Blues” – o documentário (sic) fake “proibidão” dos Stones rodado pelo fotógrafo Robert Frank (que assinou a capa de Exile on Mais St.) – as imagens e fotos em preto e branco que compõem Stones in Exile foram feitas pelo músico e fotógrafo francês Dominique Tarle. A história dele com a banda começou num belo e iluminado dia (literalmente) em que foi visitar Keith em sua funhouse. Papo vai, papo vem, o guitarrista convidou o cara pra ficar. “Só se preocupe com as imagens e a música. Deixa o resto comigo”, disse Keith.

Adivinha? Tarle ficou durante meio ano vivendo na mansão. E aproveitou a estada para mergulhar afú no life-style stoneano, estricnando-se às ganhas nos tóxicos.


Enquanto Keith Richards  se ocupava em viver uma vida cor-de-rosa à beira do paraíso (só que como o diabo gosta, vale lembrar), Bill Wyman  tava afundado na maior bad. Britânico de cartilha, ele não conseguia adaptar-se a nova realidade. O baixista cara-de-cu pirava na batatinha por não encontrar os produtos que consumia na Inglaterra, especialmente chá e compotas. No meio, Charlie Watts, outro cavalheiro inglês, não parecia mais resignado com a situação. Mas sua vida melhorou mesmo depois que ocupou um quarto na mansão. A partir dali o cara começou a poupar tempo em suas jornadas diárias rumo às gravações, já que ele vivia em outro ponto da Riviera Francesa. De outro lado, Mick Taylor, um gurizão então com 21 anos que de uma hora pra outra se viu tocando na maior banda do Planeta, só aparece aos risos no documentário. O cabeludo havia entrado somente há dois anos na banda, por isso, ainda não tinha tirado muita grana no esquema (mesmo já tendo “Let it Bleed” no currículo), o que livrava a cara dele com a receita federal, ao contrário dos colegas. Ele caiu naquela de gaiato, e, na flor da idade, tava lá vivendo com os caras mais legais que já pisaram na Terra, enchendo a cara de trago e comendo cocaína num lugar maravilhoso e fértil em drogas.

Keith Richards e Bill Wyman


O que mais poderia ser melhor? Bem, talvez deixando de lado o fato de Taylor enfrentar arranca-rabos épicos com a patroa em casa e ainda a conviver com a atucanação de que Mick Jagger andava esfregando sua notória chonga imunda nela (coisa que teria chegado às vias de fato, conforme rezam as más línguas), o moleque tava aparentemente numa boa.

Outro cara que compactuava (e muito) com as percepções acerca da curtição de Taylor era o saxofonista Bobby Keys. Ele, que dá pra se considerar também um Stone, revela-se um tremendo fanfarrão no vídeo. O gordinho larga cada comentário… Impagável. Longe de qualquer sorte de explanações intelectuais e/ou definições eruditas/artísticas sobre o que rolou naquele período histórico, Keys, com o jeito grotão e texano de ser, limita-se a dizer o que todos já sabem, de forma reta e despretensiosa: “não dá pra fazer rock sem drogas e mulheres” (nota do redator: aí, garotada do emocore, pensem nisso!). Genial em sua simplicidade. Como as coisas têm que ser.

Mesmo assim, alguém tinha que trabalhar. E quem assumiu as rédeas da criatividade da banda foi Keith Richards. Dessa vez, Mick Jagger era apenas um coadjuvante de luxo. Interessante é que o guitarrista, mesmo chapado em tempo integral, tinha completa noção de sua responsabilidade – bem como sacava que sua relação com as drogas poderia ser uma pedra no caminho a qual ele não conseguiria rolar. “O problema não é o estilo de vida que se escolhe. Problema é quando o estilo escolhe você”, justificou na fita.


Ilustrando a situação, os takes de gravações no porão da casa de Richards mostram algumas sessões bem pouco produtivas. O estúdio ficava alocado num caminhão fora da mansão, com cabos percorrendo toda a casa como ligações nervosas conectadas a um cérebro insano. Os músicos estrategicamente se espalharam por dependências que lhes eram acusticamente favoráveis. Era Bill Wyman gravando no banheiro, Keith no porão, Bobby Keys no corredor, amplificadores atravancando o caminho… Isso, obviamente, encerrou com qualquer chance de a banda manter uma comunicação saudável. Andy Johns, o engenheiro de som de tal versão brit da “Canção do Exílio”, revela que o ritmo de trabalho era lento – uma única faixa poderia levar semanas para ser gravada. Segundo ele, havia vezes em que os Stones ficavam enfiados naquele porão por até três dias tocando rigorosamente merda nenhuma.

Porém, Johns conta que, quando Keith Richards parava tudo e dava uma encarada em Charlie Watts – que igualmente retribuía fuzilando-o com o olhar –, enquanto Bill Wyman segurava o baixo em um ângulo de 80 graus, “alguma coisa genial viria em seguida”, narra o engenheiro aos risos.

A qualquer momento, Keith (à esquerda) poderia levantar-se puto daquela cadeira e presentear o mundo com algo como “Shine a Light”

E assim seguiam-se sessions que se desenrolavam muitas vezes por todo o dia, em meio a um ambiente putamente insalubre, enfumaçado pelas espirais ondulares dos crivos que ardiam na boca dos músicos que, entre uma tragada e outra, bebericam Jack Daniels como água e desciam o braço nos instrumentos. E a umidade que imperava naquela atmosfera underground fazia as vezes de um inimigo íntimo que não dava trégua às ferramentas de trabalho: parecia impossível manter as guitarras afinadas. Era como nadar (bêbado) contra a corrente do mediterrâneo.



Falando em bebedeiras, a vida no andar de cima era uma festa. Qualquer malucaço que circulou pela Riviera Francesa naquele ano de 1971 teve acesso livre à mansão. O lugar era um entra-e-sai constante de figuras freaks. Bem, era simplesmente o lugar no mundo onde todos queriam estar. Entre os habituès do local, John Lennon, Eric Clapton  e o escritor beat William Burroughs (que chegou a discutir a possibilidade de os Stones assinarem a trilha para uma versão cinematográfica de “O Almoço Nu”, coisa que infelizmente ficou só na balela) eram pintas que vira e mexe davam as caras por lá. Porém, afora essa gente “austera”, elegante e sincera, havia quem extrapolasse os limites da já enfraquecida boa hippie. Tanto é que, certa feita, alguém adentrou o porão e saiu com oito, veja bem, OITO guitarras sem ser visto, além de um sax de Bobby Keys. Aparentemente, algo estava fugindo do controle.

A mulher de Keith Richards à época, Anita Pallenberg, conta que o episódio mais emblemático daquele oba-oba – e que serviu para refletir sobre o total descontrole psíquico que reinava na casa – foi num dia em que se deparou com um maluco-beleza qualquer atirado num sofá da sala. Ao ver a moça adentrando o recinto, o cara não pensou duas vezes em ser bacana: sacou uma pedra de heroína do bolso e ofereceu gentilmente à anfitriã.

Anita Pallenberg e Keith Richards, em 1967


Bem, era hora de dar um basta naquilo, pensou Anita.

Ah, se não fossem minas caretas na vida dos músicos…

Na realidade, de careta Anita não tinha nada. Pelo contrário. A mina também entupiu afú os canos com as drogas que rolavam pela casa. Durante um tempo, porém, pouco antes da mansão passar a abrigar uma patota imensa de roqueiros pirados, sua equipe técnica e agregados junkies, a garota, ao lado de Keith e do filho Marlon, viveu dias que bem poderiam ter inspirado os versos da primeira estrofe de “We’re a Happy Family”, daqueles quatro esquizos nova-iorquinos que seis anos depois explodiriam a cultura bizarra da parte decadente de Manhattan mundo afora, conhecida como punk.

Contrariando a regra de que boêmios não acreditam em manhãs, Keith costumava levantar-se cedo. Vai ver porque isso dava a ele mais tempo para curtir amplamente a oferta de vadiagem existente em Villefranche-sur-Mer. O cara acendia um cigarro, saltava em seu conversível com o filho a tiracolo e saía para curtir o dia. Mesmo não sendo aquele o ambiente pedagogicamente adequado para uma criança ser criada, o moleque levou uma infância feliz naquele período. O despertar para as responsabilidades e interação lúdica com os adultos não faltaram: em pouco tempo, Marlon aprendeu a fechar baseados, coisa que lhe conferiu crédito com a “gente grande” da mansão. Bill Wyman, que havia largado o crivo lançando mão de um modus operandi de substituir as baforadas nicotinosas por aditivos psicotrópicos, certamente se afeiçou sobremaneira ao piá por conta disso.

Mas Anita, não contrariando a regra de que mulher mal comida não há cristão com bolas-de-aço que resista, começou a mostrar suas garras aos poucos. Italiana de pavio curtíssimo, a modelete (muitas vezes tocada pela piração mensal da pré-sangria inútil), passou a reclamar insistentemente do não-comparecimento do maridão. Por isso, não raro, Keith Richards atrasava bastante as sessões de gravação, já que travava 12 rounds de quebra-pau com a esposa com o volume no dez – para deleite dos músicos que aguardavam o guitarrista com os ouvidos ligados.

Entre tapas e beijos e odes. Ao saber da 2ª gravidez de Anita, Keith compôs “Happy” da varanda de frente para o paraíso

No entanto, conta a lenda de que um dia o ninho de amor do casal ardeu em fogo. Não, peraí, não vai achar que foi pelo fato dos dois terem dado a trepada do século. Rolou um sinistro mesmo. Certa feita a duplinha foi salva pelo motorista da casa, que percebeu um fumacê rastejando para fora do quarto pela fresta da porta e foi ver o que tava rolando. Ao entrar, deu de cara com Keith e Anita peladaços na cama em chamas, desmaiados e com os côcos completamente chapados.

Ah, a explicação? A garota havia pegado no sono com o inofensivo cigarrinho pós-foda na boca.

Burn, baby, burn.


No ano de 2010, quase 40 anos após a introdução do folk rock  no Brasil, surgia em São Paulo a The Outside Dog (assim eram chamados os cachorros levados ao Alasca no início do século 20 para puxarem os trenós). O Musicômio  conversou com o vocalista da banda paulistana Pedro Gama  para conhecer o conjunto e desmistificar esse gênero musical, que não é nem tão novo assim em solo brasileiro, afinal a gênese do folk no País aconteceu na década de 70, quando artistas como Zé Rodrix, Sá & Guarabyra e Secos & Molhados  mesclaram a música brasileira com o pop internacional. E justamente foi nessa fonte em que a TOD foi beber, sem dispensar é claro referências como Bruce Springsteen, Tom Petty e Neil Young. “As referências internacionais, principalmente na questão da sonoridade, são sem dúvida mais marcantes. Mas é inegável que nomes brasileiros tenham influência direta ou indireta naquilo que fazemos. Particularmente, gosto muito de Zé Rodrix, Zeca Baleiro, Lenine, Sá & Guarabyra, Almir Sater e Raul Seixas. É impossível para mim não se identificar com as temáticas ou resgatar memórias com muitas das canções desses mestres”, disse Gama.

Atualmente formada por Pedro Gama (voz, violão e banjo), André Sanches (baixo acústico e elétrico), Ciro Jarjura (gaita) e Dmitri Medeiros (bateria), a The Outside Dog surgiu como um projeto solo à base de violão, voz e gaita. “Ao longo da gravação do nosso primeiro disco [homônimo], percebemos que era inerente à sonoridade das faixas a inclusão dos demais instrumentos. Banjos, guitarras, baixos, pianos e baterias vieram para complementar a leveza e a crueza das faixas”, comentou o vocalista.

No ano passado a The Outside Dog lançou seu primeiro álbum, um disco homônimo produzido por Zeca Leme – produtor responsável por registros ao vivo de B.B. King, Chuck Berry, Motörhead, Rush, entre outros – e masterização no estúdio Sterling Sound, em Nova York. O trabalho está disponível para download gratuito no site da banda. E, recentemente o grupo paulistano apresentou o videoclipe de “Open D Blues”, o primeiro vídeo do conjunto.


Confira trechos da entrevista que o Musicômio fez com o vocalista da The Outside Dog, Pedro Gama:

Musicômio – Quais os frutos que estão sendo colhidos com o primeiro álbum?
PG - Considerando que nosso objetivo sempre foi sermos ouvidos, o primeiro álbum é realmente um sonho concretizado. Ele está ali, acessível para que as pessoas o escutem, o avaliem, o utilizem em suas vidas. E já observamos reações muito carinhosas das pessoas. A imprensa musical (especialmente os blogs) foi uma grande parceira e vitrine para o disco. Queremos que as pessoas nos ouçam e que daí surjam oportunidades para shows.

Musicômio – A banda é novíssima e já disponibilizou link para baixar o novo álbum grátis pela rede. Como vocês avaliam essa questão da pirataria?
PG - Queremos ser ouvidos. No máximo de lugares para o máximo de pessoas. Disponibilizar um álbum online gratuitamente é fazer justamente isso. Divulgar nossa música para quem a quiser ouvir, e dessa forma, a qualidade do nosso trabalho é que estará sendo avaliada. Se for bom e o público quiser consumir, isso invariavelmente será refletido em shows e em espaços em blogs e sites.

 
O Zeca sempre se posicionou de uma maneira muito coerente durante todo o trabalho. Dava abertura ao diálogo e avaliava sugestões oferecidas, mas tinha o pulso firme nos momentos que a experiência ou a intuição falavam mais forte. Teve o projeto todo o tempo sob controle e fez as composições amadurecerem de uma maneira que um compositor iniciante, como eu na época, nem imaginava que era possível. Foi uma experiência memorável e fundamental que me dará a bagagem necessária para os discos futuros.

Musicômio – Na agenda de shows tem alguma apresentação marcada para o Rio Grande do Sul? Já tocaram por aqui?
PG - Para o Sul ainda não temos nada marcado. Já fizemos um show em São Paulo com o pessoal da Theo, uma banda excelente do Rio Grande do Sul com influências do country e folk norte-americano. Então nós sabemos que a qualidade da viola sulista é algo que tem de ser reverenciado e tocar nas terras gaúchas seria fantástico para a banda!



E quem está de volta é o Garbage. A banda de Wisconsin retorna com algumas canções inéditas. Uma delas é “Automatic Systematic Habit”, música ao estilo electro-roughed e a primeira faixa de “Not Your Kind of People”, quinto álbum de estúdio. O disco, o primeiro do quarteto norte-americano em sete anos, será lançado no dia 15 de maio, mas é possível baixar o single gratuitamente no iTunes. A vocalista e guitarrista Shirley Manson disse que o trabalho tem um certo sotaque germânico. “Quando eu gravei, por qualquer motivo, eu não sei porque, eu estava cantando com um sotaque alemão”, comentou. “Houve uma pausa depois que eu terminei e eu disse: ‘Bem, essa é a ideia’. E o pessoal da banda acabou gostando”, concluiu Shirley.



O Kraftwerk, um dos ícones da música eletrônica, deve anunciar em breve seu novo disco, o primeiro de inéditas em nove anos – “Tour De France Soundtracks”  (2003) é o último. A boa nova foi dada pelo líder da banda germânica, Ralf Hütter, em entrevista ao New York Times, que garantiu que o grupo está passando por uma ‘atualização’ após a saída de Florian Schneider – um dos fundadores do conjunto ao lado de Hütter – em 2008. “Não estamos adormecidos. A música nunca acaba. Começa outra vez amanhã. E esse disco é apenas um disco e para nós chega a ser entediante. É isso que estamos fazendo, nos atualizando constantemente e as composições e novos conceitos continuam surgindo”, disse. O álbum, ainda sem nome definido, não teve sua data de lançamento divulgada.



Chega às salas de cinema este fim de semana, o filme “Don’t Think”  que documenta a turnê da conceituada dupla britânica de música eletrônica The Chemical Brothers. O show-filme foi gravado ao vivo no Fuji Rock Festival, em julho de 2011, no Japão. Este é o primeiro filme-concerto com imersão total e mixado em som Dolby 7.1 a ser exibido no Brasil.

As 21 câmeras usadas para registrar o show para um público superior a 50 mil pessoas são um espetáculo para os fãs e admiradores do grupo do duo de música eletrônica. O filme estreia em Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Curitiba no dia 3 de fevereiro.



O duo britânico pop Pet Shop Boys, um dos grandes nomes da música dos anos 80, lança no dia 7 de fevereiro o disco “Format”. O álbum que é a continuação de “Alternative” (1995) é composto por 38 lados B dos singles que tocaram nas emissoras de rádio do mundo todo entre os anos de 1996 e 2009. Entre as músicas selecionadas estão remasterizações de “Silver Age”, “Always”, “Confidential” e “Girls Don’t Cry”.

Conhecidos no mundo todo por temas como “Go West” e “Domino Dancing”, o Pet Shop Boys vendeu mais de 100 milhões de cópias no mundo e colocou 12 de seus álbuns entre os dez primeiros nas listas britânicas. Atualmente, o duo trabalha em seu 11º disco de estúdio que deve ser lançado no segundo semestre de 2012.