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8 de mai. de 2012

Mal de Alzheimer (II)




Fumar muito aumenta o risco de Mal de Alzheimer


Inclua mais uma doença na lista das causadas pelo cigarro: além de aumentar o risco de câncer de pulmão, doenças cardíacas, derrame, enfisema e infertilidade, fumar também pode aumentar o risco de desenvolver mal de Alzheimer.
Os pesquisadores acompanharam um grupo grande de participantes durante um longo período de tempo: o que era necessário para encontrar um link para uma doença relacionada à idade como o Alzheimer.
21.123 residentes da Califórnia, com idade entre 50 e 60 anos, participaram de um inquérito de saúde de 1978 a 1985, o qual indicou se eles nunca tinham fumado, se eram ex-fumantes, ou se ainda fumavam. 23 anos depois, eles foram seguidos entre 1994 e 2008.
As conclusões do estudo são de que o tabagismo pesado (pelo menos dois maços por dia) na meia-idade aumenta o risco de desenvolver mal de Alzheimer em 157%, e demência vascular em 172%. Demência vascular é a demência causada pela redução ou perda de suprimento sanguíneo para o cérebro.
Em números, 5.367 pessoas, ou 25,4%, tinham sido diagnosticadas com demência. Destas, 1.136 foram diagnosticados com mal de Alzheimer e 416 foram diagnosticadas com demência vascular.
Os pesquisadores descobriram que pessoas que fumavam mais de dois maços de cigarros por dia tinham um risco maior de desenvolver qualquer tipo de demência do que os não fumantes. Os ex-fumantes e as pessoas que fumavam menos da metade de um maço por dia não pareciam ter um risco aumentado de demência do que os não fumantes.
Os pesquisadores não sabem ao certo como o fumo afeta a função cerebral. Mas eles sabem que o tabaco causa inflamação e estresse oxidativo, danos celulares a partir de radicais livres tóxicos no organismo, condições que estão associadas com o aparecimento da doença de Alzheimer.
Segundo os cientistas, se um idoso que fuma for sortudo o suficiente para não ter doenças cardiovasculares, doenças respiratórias ou câncer, ele ainda está em um risco maior de ter demência.
Estudos anteriores também descobriram uma ligação entre tabagismo e demência. No entanto, nem todos relataram a mesma relação.
Por exemplo, um estudo de 2003 descobriu que quanto mais cigarros um homem fuma, maior seu risco de desenvolver mal de Alzheimer. Porém, um estudo de 10 anos afirmou que fumantes e ex-fumantes tinham um terço menos probabilidade de ter deficiência cognitiva do que as pessoas que nunca fumaram. A conclusão sugere que o tabagismo é um fator de proteção na função cognitiva.
Esse efeito aparentemente protetor pode provir da ação da nicotina como estimulante, o que leva os fumantes a um melhor desempenho em testes cognitivos. Entretanto, esse efeito não foi encontrado neste estudo, principalmente entre os fumantes de longo prazo com mal de Alzheimer e demência. 


[LiveScience]

Níveis baixos de testosterona aumentam o risco de mal de Alzheimer

Hormônio masculino, em homens mais velhos está associado com o aparecimento da doença de Alzheimer.
A pesquisa incluiu 153 chineses, todos homens com 55 anos ou mais, que não sofriam com a doença. Apenas 47 deles tinham algum comprometimento cognitivo leve, como confusões mentais e perda de memória.
O estudo confirma outras pesquisas realizadas em homens ocidentais que descobriram que níveis baixos de testosterona estavam relacionados com a debilitação mental e o mal de Alzheimer.
Dentro de um ano, 10 dos homens que tinham algum comprometimento cognitivo desenvolveram a doença de Alzheimer. Todos os 10 também tinham níveis baixos de testosterona, níveis elevados de apolipoproteína E, que está relacionada com o mal de Alzheimer, e pressão arterial elevada.
Os pesquisadores concluíram que ter um nível baixo de testosterona é um dos fatores que causam Alzheimer, ou seja, que pode deixar as pessoas mais vulneráveis à doença. Eles sugerem que os médicos prestem mais atenção no nível de testosterona dos pacientes, especialmente os que já têm problemas de memória ou outros sinais de comprometimento cognitivo.
Os pesquisadores sugerem que a testosterona pode ter um valor protetor contra a doença, já que a falta do hormônio ajuda o mal de Alzheimer a se desenvolver.
O próximo passo é realizar um estudo de larga escala que pesquise a eficácia de terapias de reposição hormonal (que reponham testosterona) em homens mais velhos que tenham níveis baixos de testosterona e que já apresentem problemas cognitivos, para verificar se o hormônio pode proteger ou eventualmente retardar o aparecimento da doença. 


[ScienceDaily]

Doses diárias de vitamina B podem retardar o desenvolvimento de mal de Alzheimer


Após um estudo clínico de dois anos, pesquisadores afirmaram que doses diárias de vitamina B podem reduzir pela metade a taxa de encolhimento do cérebro em idosos com transtorno cognitivo leve (TCL), que pode ser um precursor da doença de Alzheimer.
Certas vitaminas B, como ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12, são conhecidas por controlar os níveis do aminoácido homocisteína no sangue. Altos níveis de homocisteína estão associados com um aumento do risco de mal de Alzheimer.
Cerca de uma em cada seis pessoas com 70 anos ou mais tem TCL e passam por problemas de memória, linguagem ou outras funções mentais, mas não em um grau que interfira sua vida diária. Mais ou menos metade das pessoas com TCL desenvolvem demência, principalmente a de Alzheimer, em cinco anos de diagnóstico.
A pesquisa acompanhou 168 voluntários com problemas de memória leve, sendo que metade deles tomou uma dose elevada de comprimidos de vitamina B durante os dois anos e a outra metade tomou placebo.
Os pesquisadores usaram ressonância magnética para medir a taxa de encolhimento do cérebro durante o período do estudo. Eles descobriram que, em média, os cérebros das pessoas que tomaram um comprimido que combinou ácido fólico e vitaminas B6 e B12 encolheram a uma taxa de 0,76% ao ano, enquanto os cérebros daqueles no grupo do placebo tiveram uma taxa de retração média de 1,08% ao ano.
Ou seja, aqueles com altos níveis de homocisteína foram mais beneficiados, sendo que as taxas de atrofia no tratamento foram a metade do que as das pessoas que tomaram o placebo.
Segundo os pesquisadores, a taxa de encolhimento do cérebro é mais rápida nas pessoas que tem TCL, e um dia elas vão desenvolver a doença de Alzheimer. É por isso que é possível que o tratamento com vitaminas possa retardar o desenvolvimento da doença.
Os pesquisadores disseram que a idade não pareceu se relacionar com a eficácia do tratamento. Já os níveis de homocisteína sim. Apenas pessoas com homocisteína elevada no estudo demonstraram algum benefício, enquanto pessoas com níveis mais baixos de homocisteína não tiveram benefícios. Então, as vitaminas do complexo B provavelmente não serão benéficas para todos, especialmente se você já tiver níveis saudáveis de homocisteína.
Os cientistas alertaram, no entanto, que por causa do número relativamente pequeno de participantes e do curto tempo de estudo é necessário mais pesquisa antes de tirar alguma conclusão. Não é recomendável que aqueles que estejam ficando um pouco mais velhos se preocupem com falhas de memória e se apressem a comprar suplementos de vitamina B sem consultar um médico. 


 [CNN]


“Marcapasso cerebral” melhora a memória de pacientes com Alzheimer



A inserção de um estimulador cerebral profundo (ECP), um dispositivo semelhante a um marcapasso, mas para o cérebro, pode melhorar a memória e a função cognitiva de pacientes com doença de Alzheimer.
Pesquisas recentes mostraram que, após a implantação de um ECP em seis pacientes com Alzheimer, metade deles ou melhorou a memória, ou teve uma taxa mais lenta de declínio.A inserção de um estimulador cerebral profundo (ECP), um dispositivo semelhante a um marcapasso, mas para o cérebro, pode melhorar a memória e a função cognitiva de pacientes com doença de Alzheimer.

A equipe investigou a teoria de que a estimulação elétrica de estruturas no fundo do cérebro, incluindo o hipotálamo, pode melhorar os sintomas da doença. Cada paciente deixou o hospital no prazo de três dias após o estudo e continuou seu tratamento médico padrão para a doença, bem como a estimulação contínua do dispositivo implantado há um ano.
Durante esse período, os indivíduos foram avaliados de várias formas, incluindo testes cognitivos, mapeamento cerebral e de imagem. Sua função cognitiva foi avaliada por diversos tipos diferentes de escalas de medição. A tomografia por emissão positiva (PET), um tipo de exame cerebral que mede a atividade metabólica, foi utilizada para avaliar a forma como o dispositivo mudou o metabolismo da glicose no cérebro, já que a doença pode alterar a forma como a glicose é utilizada no cérebro.
Em metade dos pacientes, por seis ou doze meses, a função cognitiva melhorou ou diminuiu mais do que o esperado. Além disso, o PET scan mostrou que o metabolismo anormal da glicose geralmente observado em pacientes com doença de Alzheimer melhorou após a inserção do dispositivo.
Nenhum dos pacientes teve quaisquer efeitos secundários graves durante o ano em que o dispositivo foi implantado. Embora o estudo ainda seja pequeno, os resultados são animadores. No futuro, estudos maiores podem fornecer mais informações sobre uma terapia eficaz para o tratamento da doença, ou que pelo menos retarde o declínio das capacidades do paciente. 


[LiveScience]




Teste de fluido da coluna vertebral pode prever Alzheimer


Segundo uma nova pesquisa, um teste de líquido espinal pode ser 100% exato em identificar pacientes com perda significativa da memória que estão a caminho de desenvolver a doença de Alzheimer.
Os médicos especialistas chegaram à conclusão que o mal de Alzheimer começa uma década ou mais antes das pessoas apresentarem sintomas. E quando eles aparecem, pode ser tarde demais para salvar o cérebro. Assim, a esperança é encontrar boas maneiras de identificar as pessoas propensas a desenvolver a doença, e usá-las em estudos para ver quanto tempo leva para que os sintomas ocorram e estudar medicamentos que possam retardar ou impedir a doença.
Além de testes de fluido espinhal, há também novas varreduras do cérebro que denunciam as placas amilóides, que são uma característica única da doença. Os pesquisadores estão testando centenas de novas drogas que podem mudar o curso inexorável da morte de células cerebrais que rouba das pessoas sua memória e habilidades de pensar e raciocinar.
Ainda há muito trabalho pela frente. Os pesquisadores precisam se certificar de que os testes são confiáveis se forem utilizados em consultórios médicos, se os resultados da pesquisa aplicam-se a situações da vida real, e deixar médicos e pacientes à vontade com a noção de punção lombar, o método utilizado para obter líquido espinhal. Mas eles vêem um futuro brilhante.
Assim, os novos resultados dão origem a uma pergunta difícil: os médicos devem oferecer, ou pacientes aceitarem, tal teste comercialmente para encontrar uma doença que ainda é incurável?
Alguns especialistas dizem que os médicos não devem utilizar o teste. Eles observam que o teste ainda não é confiável o suficiente: os resultados podem variar de laboratório, e o teste tem sido estudado apenas em ambientes de pesquisa, onde os pacientes são selecionados cuidadosamente por não ter quaisquer outras condições, como acidente vascular cerebral ou depressão, que possam afetar as suas memórias.
Já outros dizem que a decisão cabe a médicos e pacientes. Às vezes, pacientes com severa perda de memória não tem a doença. Os médicos podem querer usar o teste nesses casos para ter certeza do diagnóstico. E eles podem querer oferecer o teste para pessoas com sintomas mais leves que querem saber se estão desenvolvendo a doença.
Uma desvantagem, porém, é que o fluido espinhal é obtido com a punção lombar, e esse procedimento, com a sua reputação de dor e dores de cabeça, deixa a maioria dos médicos e pacientes nervosos. O processo envolve a colocação de uma agulha no espaço da coluna vertebral e a retirada de uma pequena quantidade de líquido.
O estudo incluiu mais de 300 pacientes de 70 anos, 114 com memórias normais, 200 com problemas de memória e 102 com mal de Alzheimer. O fluido espinhal foi analisado para encontrar beta amilóide, um fragmento de proteína que forma placas no cérebro, e tau, uma proteína que se acumula nas células nervosas mortas do cérebro.
Quase todas as pessoas com Alzheimer apresentaram o característico nível de proteína no líquido espinhal. Quase três quartos das pessoas com transtorno cognitivo leve, um impedimento de memória que pode preceder a doença de Alzheimer, tinha proteínas como no Alzheimer, e desenvolveram a doença no prazo de cinco anos. E cerca de um terço das pessoas com memórias normais tiveram líquidos indicativos do Alzheimer. Os investigadores suspeitam que essas pessoas desenvolverão problemas de memória.
A hipótese mais aceita sobre Alzheimer diz que o acúmulo de amilóide e tau são necessários para a doença e que a interrupção das proteínas poderia parar o seu desenvolvimento. Mas ainda não é conhecido o que acontece quando estas proteínas se acumulam no cérebro de pessoas com memória normal. Elas podem ser um fator de risco como níveis elevados de colesterol, ou pode significar que a doença de Alzheimer já iniciou e se a pessoa viver tempo suficiente, irá com certeza ter sintomas como perda de memória.
A previsão é de que o teste possa ser comercializado em breve, e quando as drogas contra a doença evoluírem bastante, ele deve ser utilizado largamente, como a mamografia ou a colonoscopia hoje. 


[NewYorkTimes]



Substâncias químicas semelhantes às encontradas na maconha podem ser benéficas à saúde



Mesmo a maconha estando à beira da legalização para fins recreativos e medicinais a nível de estado nos EUA, seus defensores estão lutando para maximizar os efeitos saudáveis da substância. Afinal, em um nível básico, fumar maconha é inalar uma mistura de fumaças organoquímicas, muitas das quais cancerígenas (como certos compostos fenólicos, ou seja, benzo [a] pireno). Embora as tubulações de água ou o consumo oral sejam utilizados às vezes, eles supostamente têm efeitos mais fracos.
Porém, investigadores da Universidade de Washington encontraram a mais recente em uma longa seqüência de substâncias químicas que seu corpo produz que se assemelham às encontradas na maconha, e que poderiam eventualmente substituí-la oferecendo a plena eficácia de seus efeitos mais úteis.
A classe de compostos é conhecida como “endocanabinóides” – uma junção de “endo”, latim para dentro, e “cannabis”, o nome científico da planta da maconha. Os últimos endocanabinóides levam o nome de 2-AG e se ligam aos receptores das células nervosas e a microglia. A microglia é uma célula especializada que limpa restos de células mortas e de placa.
Juntos, criam um sinal que provoca mudança nas células do cérebro e redução da inflamação. Isso poderia explicar por que compostos similares liberados ao fumar maconha (provável ligação aos mesmos receptores) podem oferecer alívio para os sintomas de doenças cerebrais, como esclerose múltipla, tumores cerebrais, doença de Huntington e outras desordens auto-imunes ou neurológicas.
Em seus trabalhos mais recentes, os pesquisadores descobriram que o 2-AG se liga a uma enzima chamada ABHD6. A enzima, cujo propósito era anteriormente um mistério, é um membro do sistema endocanabinóide de sinalização. Além disso, eles descobriram que a enzima utiliza água para quebrar o 2-AG, o que degrada seu sinal e reduz sua eficácia.
Com esta descoberta, os investigadores querem encontrar formas de inibir a enzima, aumentando a potência de químicos cannabis ou seus análogos sintéticos. Eles também poderiam tentar conceber novos compostos resistentes à hidrólise. De qualquer forma, os efeitos benéficos dos farmoquímicos seriam acentuados.




[DailyTech]