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1 de mai. de 2012

A Água, o fogo e o desmatamento!... Uma ameaça a humanidade!


 

A Água e a Humanidade

Frequentemente a água representa a fonte da vida, mas também é em diferentes culturas quem lhe conduz à morte ou ao submundo. A água se move de cima para baixo, sempre adotando o curso mais fácil e, por esta razão, é um poderoso símbolo que muda de forma. A água é tanto dinâmica quanto caótica, movimentando em forma de ondas e espirais e nunca tomando um único caminho.

A imensidão dos oceanos do mundo explica como uma quantidade de água sem limites serviu de inspiração e criação para muitas mitologias. Sendo o berço de todos os tipos de vida, os oceanos foram dotados de qualidades maternais e revigorantes, nutrindo aqueles que vivem de seus frutos. Porém, os mares também são imprevisíveis, representando perigo repentino, monstros à espreita, tempestades e o submundo.

Um rio corrente geralmente representa o tempo, a história ou a duração de uma vida humana. As tradições islâmicas, judaicas, cristã, hindu e budista falam de quatro rios da vida que fluem do paraíso em quatro direções, simbolicamente dividindo a terra em quartos. Eles estão associados à iluminação, ao poder espiritual, à alimentação e à morte.

A água que emerge do chão tem uma conexão especial com o submundo e a fonte da vida. Poços e as nascentes são associados ao útero da terra, eles teriam poderes para realizar desejos, prever o futuro e proporcionar a cura.

Na tradição islâmica, a água aparece basicamente como a fonte e o alimento da vida e para a purificação. A chuva, os rios e as fontes são símbolos da benevolência e misericórdia de Alá que, segundo a tradição islâmica, ama aqueles que se purificam com água.

Todas as histórias de inundações podem ser entendidas como símbolo do caos que surge quando a humanidade está fora de alinhamento com as leis espirituais da natureza. A história de Noé descreve a inundação como punição de Deus para os pecados humanos. História essa muito, mas muito mesmo, parecida com épico babilônico de Gilgamesh (lembrando que o povo babilônico viveu séculos antes do nascimento de Jesus).

Neste épico babilônico, Utnapishtim conta para Gilgamesh sobre uma inundação de sete dias, a qual ele sobreviveu construindo um barco para sua família, seus serventes e um casal de todos os animais. O barco parou no topo de uma montanha, onde os deuses conferiram a imortalidade à Utnapishtim e sua esposa. Histórias sobre inundação são contadas em muitas culturas.

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 O Fogo e a Humanidade

O fogo é um símbolo de poder, fúria ou verdade divina e ainda de forças descontroladas da natureza causando destruição e renovação. Em muitas culturas mundo afora, o fogo está associado tanto à criação quanto ao apocalipse, brilhante no paraíso e ardente no inferno. O roubo do fogo é um tema simbólico que indica sua origem e seu valor para a humanidade. Este ato separa os seres humanos dos outros animais ao dominar uma força inalcançável para eles.

O fogo é utilizado pelos seres humanos para proteção, luz, aquecimento e também como foco para histórias, transes e estados de sonhos. É um elemento essencial de transformação para preparar alimentos, para rituais de iniciação e funerários e no direcionamento de processos físicos e espirituais da alquimia e da ciência. O fogo também é associado às emoções fortes, ao conflito e à guerra.

Os maias acreditavam que, criando um turbilhão de energias, poderiam abrir um portal para o mundo dos espíritos dos ancestrais, através do qual eles poderiam oferecer respeito e receber cura. Eles faziam uma fogueira sagrada desenhando um círculo de açúcar ao redor, e depois colocando resina, cedro, sálvia, alecrim, tabaco, lavanda, flores e finalmente chocolate e mel, representando a doçura da vida. O círculo era aceso acreditando que as ofertas seriam respondidas com bênçãos.

O Judaísmo considera o fogo um elemento fundamental que deve acompanhar todas as oferendas feitas a Deus e as fogueiras permanentes são mantidas acesas no altar do Templo. A imagem de um anjo do Senhor aparecendo para Moisés em um arbusto que está em chamas ilustra a crença hebraica de que o fogo significa a verdadeira comunicação com Deus.

Os primeiros fogos de artifício foram feitos na Dinastia Han Chinesa (206-220 a.C.) e foram originalmente para amedrontar os maus espíritos. Mais tarde, foram associados às orações para felicidade e prosperidade. Atualmente, quando muitos rituais de passagem já se perderam no esquecimento, os fogos de artifício são utilizados em exibições comoventes que marcam importantes eventos como por exemplo o Ano-Novo e o Dia da Independência dos EUA. 

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 As árvores e a Humanidade

No Ocidente, as árvores são bastante associadas com o tempo e a continuidade histórica. Em todos os lugares, elas geralmente possuem associações mais fortes com a vida, a saúde e a potência. Os povos antigos faziam suas adorações em bosques sagrados, com seus troncos e coberturas de galhos, que, mais tarde se refletiram no desenho das igrejas.

As palavras "verdade" (truth) e "confiar" (trust) são derivas da antiga palavra inglesa para "árvore" (tree).

A árvore é vista como uma ligação entre este e o outro mundo em muitos sistemas de crenças espirituais e mitológicas. Este aspecto é conhecido como Árvore do Mundo, que seria uma árvore cósmica, simbolizando a principal reserva para as forças vitais e continuamente regenerando o mundo. Ela quase sempre representa o eixo do universo, conectando vários reinos; seus galhos seguram os céus, seu tronco fica preso no reino terreno e suas raízes descem até o submundo.

Em um de seus aspectos, a árvore do mundo é a árvore da vida ou da imortalidade. Ela é associada a um universo nutritivo e protetor do qual o elixir ou as recompensas da vida podem ser recebidas - um estado de graça do qual os seres humanos podem cair.

A prática de decorar árvores é encontrada em todo o mundo antigo. Na cultura cristã as sempre-vivas são usadas no Natal como símbolo da vida. Mas a variação moderna das árvores de Natal originou-se na Alemanha, onde os pinheiros eram enfeitados com maçãs e papéis coloridos. A tradição se tornou um ritual, referência à árvore do paraíso, mas suas raízes têm origem nos tempos romanos, quando os celebrantes na festa ao Deus Saturno usavam sempre-vivas para celebrar o nascimento de um novo ano.

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