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5 de fev. de 2012

Violência no campo: as 7 piores brigas de esportes da história


O que deveria ter sido um jogo de futebol normal em Port Said, no Egito, entre o time local Al-Masry e o adversário Al Ahli, do Cairo, acabou em desastre depois do início de uma briga que tirou a vida de mais de 70 pessoas e feriu pelo menos mais 1.000.
A tragédia abalou a nação politicamente frágil, que culpou pelo tumulto o governo, as forças de segurança, o conselho da federação de futebol e os próprios fãs. Embora as tensões políticas no Egito possam ter ajudado a criar a atmosfera necessária para este tipo de incidente, não há dúvida de que as paixões dos fãs de esportes por todo o mundo os levam a ser intensos às vezes.
Revoltas no futebol do Egito estão entre as mais violentas da história, mas, como você verá nessa lista, por todos os lugares ocorrem brigas feias.
1 – Estádio Accra, Gana, maio de 2001
No final de uma partida entre Accra Hearts of Oak e Assante Kotoko, os fãs do time visitante começaram a atirar garrafas e outros objetos no campo, já que o Assante perdia por 2 a 1. A polícia respondeu atirando bombas de gás lacrimogêneo nos torcedores. O pânico tomou conta e o tumulto resultante custou a vida de mais de 120 pessoas. Segundo relatórios da época, o incidente foi a quarta tragédia fatal relacionada a futebol em solo africano em um mês.
2 – Estádio Heysel, Bélgica, 1985
A final da Taça dos Campeões Europeus entre Juventus e Liverpool causou tantos danos que, na sequência, os clubes ingleses de futebol foram proibidos de competir na Europa continental por pelo menos cinco anos.
A tragédia começou quando fanáticos torcedores de futebol britânicos tentaram forçar seu caminho para a área do estádio dos torcedores italianos antes do apito inicial. Ambos os lados já haviam assediado um ao outro atirando projéteis no campo.
Quando os fãs britânicos atacaram, os torcedores do Juventus foram encurralados contra um muro de concreto. Alguns tentaram escalar o muro para fugir, enquanto outros foram esmagados. O muro finalmente desmoronou sob a força dos fãs.
No final, 39 pessoas morreram, além de ocorrerem cerca de 600 lesões corporais. As equipes ainda entraram em campo, apesar da tragédia, com o Juventus saindo à frente do Liverpool com um resultado de 1 a 0.
3 – Fenway Park, Estados Unidos, 2004
Futebol, é claro, não é o único esporte que agita paixões dos fãs a níveis perigosos. No beisebol, mesmo antes do Red Sox entrar em campo no Fenway para um jogo que acabaria fazendo-os vencer a World Series (série mundial), os fãs de fora do estádio já estavam ficando agressivos.
A comemoração após o jogo se tornou violenta conforme os fãs entraram em confronto com a polícia. Uma mulher jovem morreu depois de ser atingida com um projétil disparado por uma arma de pimenta da polícia.
4 – Katmandu, Nepal, 1988
Nem todas as catástrofes esportivas são causadas por fãs levando um simples joguinho muito a sério. Quando começou a cair granizo durante uma partida no estádio nacional de futebol em Nepal, os fãs correram para as saídas para evitar serem apedrejados. Dos oito saídas disponíveis, a multidão de 30.000 só pode acessar uma para escapar, resultando na morte de 93 pessoas por sufocamento ou esmagamento.
5 – Cidade da Guatemala, 1996
A partida de qualificação para a Copa do Mundo entre Guatemala e Costa Rica se tornou mortal depois que milhares de fãs que haviam comprado bilhetes falsos tentaram forçar a entrada ao estádio. Sem nenhum lugar para ir, e cercadas por fãs raivosos que se tornaram violentos, cerca de 80 pessoas foram sufocadas ou esmagadas até a morte no tumulto.
6 – Estádio Luzhniki, Rússia, 1982
Nos momentos finais de um jogo entre o FC Spartek e o HFC Haarlem, os fãs, que estavam amontoados em uma única seção do estádio com uma saída única devido a uma frequência menor do que a esperada, começaram a deixar o estádio com a vitória de 1 a 0. Quando a equipe marcou um segundo gol, alguns fãs tentaram voltar para o jogo, sem espaço para tanto.
A emoção do gol, a estreiteza da saída e a falta de visibilidade da via do estádio para o exterior criaram uma situação de pânico em que até 340 pessoas morreram (embora o número oficial de mortes permaneça em 60 e poucas), de acordo com o The Guardian.
7 – Estádio Nacional, Peru, 1964
Um gol em uma partida disputada pela Copa do Mundo entre Peru e Argentina se transformou no motim oficial de futebol mais mortal da história. Depois de um gol do Peru ser anulado pelos árbitros, os fãs ficaram violentos, o que levou a polícia a intervir com gás lacrimogêneo para tentar dominar a revolta. No final, 318 pessoas morreram conforme fãs tentavam escapar da cena pelas saídas do estádio fechadas.

LiveScience