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23 de fev. de 2012

Um pouco de tudo!... de tudo um pouco!


(Plantas ‘avisam’ umas às outras sobre ataques)



Esta notícia me lembrou duas coisas: o filme “Fim dos Tempos” do diretor M. Night Shyamalan, e um episódio da série MythBusters em que eles testam o “mito” de que plantas sentem. Como não encontrei os vídeos no Youtube, resolvi postar só as duas partes em que eles fazem o experimento com uma planta (e estranhamente com ovos e iogurte, mas enfim…).
 O mais interessante do experimento, é que a princípio eles CONFIRMARAM que a planta teve reações a uma presença humana amiga, e uma hostil. Eles mesmos ficaram super desconcertados com isso.  E percebam um detalhe: na segunda tentativa, com a planta e o polígrafo dentro de um container, o ataque mental mais forte conseguiu ainda assim provocar oscilação… Provavelmente, os outros “ataques” por não serem tão fortes, não conseguiram atingir a planta de maneira significativa. Uma pena que não consegui encontrar a parte final do experimento, com o EEG. Mas após esse último teste, “concluíram” que deve ter havido algum “engano” ou “falha” nos anteriores e decidiram que não, as plantas não sentem. Estou mais inclinada a pensar que talvez o “atacante” não tenha mais se esforçado tanto nos últimos ataques… Afinal, duvido muito que eles desejavam ou mesmo gostariam de comprovar esse “mito” em particular como verdadeiro… Na verdade, em nenhum momento do episódio eles sequer demonstraram estarem abertos a essa possibilidade. Enfim…vejam e reflitam:
Parte 1:
Parte 2:

+++

Cientistas descobriram que, quando são atacadas, plantas liberam gás invisível que serve como alerta

Cientistas parecem ter flagrado aquela que pode ser uma prova de que as plantas se ‘comunicam’ entre si.
Por meio de câmeras e equipamentos especiais, eles chegaram à conclusão de que quando atacadas, algumas plantas liberam um gás invisível, que serviria para alertar as outras sobre o risco.
Os cientistas da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, acreditam que o experimento mostra parte de um sistema complexo de comunicação entre os vegetais.


 
Fonte: BBC Brasil

Sons misteriosos vindos do céu: sinais do Apocalipse?

É… estamos em 2012 e infelizmente não dá para fugir: a cada dia a internet fica mais abarrotada de notícias de supostos sinais apocalípticos e referências à famigerada Profecia Maia. Já dei uma opinião sobre o que penso sobre toda essa balbúrdia referente a 2012 no post Nostradamus, 2012 e Outros Fins de Mundo e nem pretendia mais tocar nesse tipo de assunto por aqui. Mas as notícias (que me foram enviadas) que dão o tema deste post eu não podia deixar passar em branco.
O mais interessante é que a Profecia Maia é que nem coração de mãe: sempre cabe mais um. Então tudo que é profeta, visionário, especulador, teorista, sensacionalista, enfim, consegue adaptar as suas interpretações pessoais de eventos, situações e fenômenos estranhos, trágicos ou curiosos às predições maias. É lamentável, mas é assim.
A bola da vez são os “sons sobrenaturais” vindos do céu, que supostamente estão sendo ouvidos e gravados em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. O fenômeno alardeado nas últimas notícias e vídeos em diversos sites e fóruns internet afora parece ter tido início em meados de 2011, na Ucrânia. Existem alguns vídeos no Youtube sobre o estranho som, e abaixo coloco um bem completo e recente, com cerca de 1h18min de gravações de vários locais:
A princípio, é algo bem intrigante, ainda mais porque já existe uma “lenda” a respeito de um som de tom baixo, ouvido em diversos locais do mundo, e que recebeu o nome de “Hum de Taos“. Taos se refere a uma cidade no Novo México, onde esse som misterioso ficou tão famoso que chegou até a estimular pesquisas e investigações por parte de cientistas. Falei um pouco sobre isso num dos posts de Mistérios Inexplicáveis que publiquei aqui no Inconsciente há alguns anos. O que talvez tire um pouco do “brilho” de novidade desse som que agora subitamente deu de ficar famoso.

Foto de uma possível medição de um “hum”
Evidente que o que vou comentar aqui é a minha opinião, e não estou dando um ultimato nem nada do gênero para o assunto. Pode ser que essa última onda se refira a algo realmente “misterioso”. Mas pode ser que não.
Os sons estão ficando tão famosos, que até mesmo um site dedicado a eles foi criado, o http://strangesoundsinthesky.com/ . É claro que não há muito critério de seleção nem de investigação da autenticidade dos vídeos, mas vamos partir da premissa de que pelo menos alguns não foram forjados/manipulados.
Bem, a maioria dos sons que ouvi nos vídeos não parece exatamente “misterioso”. Muitos passam por sons normais de ambientes urbanos ou próximos a fábricas ou rodovias. Inclusive, penso que muitos desses sons agora proclamados como “sobrenaturais” sejam sons bem naturais, inclusive recorrentes, mas que antes as pessoas não davam muita atenção. Mais ou menos como ocorre com os avistamentos de OVNIs. É lançar um filme milionário sobre discos voadores ou extraterrestres no cinema, por exemplo, e subitamente os avistamentos de OVNIs aumentam. Obviamente, que é muito leviano dizer que isso é uma evidência de que os avistamentos são “histeria coletiva” ou sugestão de filmes, já que o que o cinema faz, nesse caso, nada mais é do que aumentar a atenção das pessoas para esse tipo de evento. As pessoas passam a ficar mais preocupadas em investigar o céu, o que aumenta a probabilidade de um avistamento, incluindo a possibilidade de um realmente inexplicável/genuíno.
Acredito que provavelmente, na maioria dos casos ( não forjados, é claro) do tal som misterioso, a mesma coisa esteja acontecendo. Alguém prestou atenção a algo ordinário mas que antes não havia se dado conta, estranhou, resolveu gravar, e subitamente, mais gente começa a fazer a mesma coisa. Tanto é que, por exemplo, há uma gravação feita em Curitiba, e muitas pessoas residentes desta cidade comentaram não ter ouvido nada de anormal por lá. Entretanto, algumas fontes trouxeram a informação de que em alguns locais o som é tão alto que chegou a fazer vibrar a janela das casas. É inevitável a associação do som metálico mostrado no vídeo com o de possíveis naves espaciais que estariam sobrevoando esses locais. É uma hipótese defendida por muitos, e até podemos manter a mente aberta para essa possibilidade, se acreditarmos que os vídeos realmente estão trazendo um fenômeno genuíno. Mas, como mencionei no caso da cidade de Taos, existe um som que parece realmente de origem misteriosa, que já há muitos anos é reportado nos EUA, Reino Unido e no norte da Europa. Se é o mesmo caso desses vídeos, quem sabe?
O problema, e o que me motivou a tecer este comentário sobre o assunto, é que estão transformando mais isso em prenúncio de fim de mundo. O que acho mais interessante, é que mesmo os “cristãos” também estão associando o seu apocalipse bíblico a 2012. É quem mais pode para encontrar versículos e passagens bíblicas que possam associar aos sons e fazer mais sensacionalismo de fim de mundo e “alertar a humanidade”. E é engraçado, pois o tal Apocalipse, por exemplo, foi esperado pelos povos cristãos em toda virada de século… e nada nunca aconteceu. Quem não possui uma visão histórica do passado inevitavelmente terá uma visão histérica do futuro.
E como a última virada de século se passou sem grandes emoções, vamos ver se conseguimos reaproveitar nossas interpretações descontextualizadas de textos metafóricos/mitológicos antigos associando com 2012 e a Profecia Maia e misturando a sons misteriosos! Que excelente ideia, não?
E você leitor, o que acha?
+++
Quem sabe inglês pode encontrar mais informações sobre o Hum de Taos aqui.

Grandes Pensamentos para 2012 – Vídeo!

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.”

(Carlos Drummond de Andrade)


Mais um ciclo que termina e um novo que se inicia…
E para não apenas “finalizar” 2011 mas iniciar 2012 sob os melhores auspícios, criei mais um vídeo com pensamentos inspiradores. E ao invés de desejar boas festas, prosperidade, saúde ou amor, desejo a todos muita Consciência de si . Todo o resto se torna consequência…

Einstein e Deus

“Era, naturalmente, uma mentira o que você leu sobre minhas convicções religiosas, uma mentira que está sendo sistematicamente repetida. Eu não acredito em um Deus pessoal e nunca neguei isso, mas manifestaram claramente. Se há algo em mim que pode ser chamado de religioso então é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo tanto quanto a nossa ciência pode revelar. “
(Albert Einstein, citado no livro “Albert Einstein, o Lado Humano”)
“Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.
(Citado em Golgher, I. “O Universo Físico e humano e Albert Einstein”, p. 304)
Já comentei brevemente aqui no blog, em outros posts mais antigos, a respeito da “fé” de Einstein. Resolvi escrever um post (sem grandes pretensões, é claro) sobre o assunto porque já vi tanto em livros como em vídeos e sites de internet, coisa demais sendo falada em nome dele. Fora o que me perguntam por email! Os ateus dizem que ele era ateu. Religiosos dizem que ele era religioso. Inclusive tem um vídeo bem legal que circulou no Youtube de uma propaganda da Macedônia, que visava promover a educação do Ensino Religioso nas escolas, que utiliza um suposto diálogo entre um Albert Einstein criança e um professor, em que Einstein demonstra ao professor que “deus existe”:
Pois. Apesar de atribuído a Einstein, o diálogo é fictício. Essa história já fez parte de correntes de emails, que conforme crescem e se espalham acabam adquirindo vida própria, já que a maioria das pessoas não questiona (“se está de acordo com o que eu penso, então é verdade” – sejam ateus, sejam crentes). Penso que os nomes de Einstein e Shakespeare sejam os nomes mais utilizados por aqueles que querem validar suas ideias sem muito esforço. 99% dos textos que recebemos atribuídos a essas duas criaturas NÃO são deles. São de autores menos conhecidos ou simplesmente escritos por desconhecidos. E o diálogo do vídeo é a mesma coisa. Para quem sabe inglês e quer mais detalhes sobre a verdade por trás do diálogo do vídeo, clique aqui.
Mas, isso não acontece só com textos de apologia religiosa. Nós vemos autores, autores famosos inclusive, como Richard Dawkins, dizer que Einstein era ateu. Será?
Particularmente, eu não entendo porque toda essa preocupação com o que Einstein acreditava ou deixava de acreditar. O que isso muda qualquer coisa??? Ele fazia bem o seu trabalho, se esforçava para ser um ser humano decente e útil, e isso que deve importar. Ele foi um cientista genial, mas isso não quer dizer que ele era perfeito ou saiba tudo.
Mas, já que por ter sido um físico genial a opinião dele parece pesar mais do que a de qualquer outro ser humano, é preciso dizer então que Einstein levava  mais jeito para teísta…
Porém, ele não acreditava no Deus das Religiões. Naquele Deus que fica acompanhando a sua vida, vendo o que você faz de certo ou de errado, protegendo um país e não o outro, prefirindo uma religião e não a outra, “morando” em uma igreja e não na outra, punindo seres humanos pela sua ignorância e blá blá blá.

EINSTEIN NÃO ACREDITAVA OU CONCEBIA UM DEUS ANTROPOMÓRFICO

Portanto, nada de “Deus” da Bíblia como popularmente conhecemos… mas também nada de Ateísmo!
Pra evidenciar mais ainda o que estou dizendo, trago algumas declarações do próprio Einstein, publicadas na biografia escrita pelo amigo pessoal dele, Max Jammer (citado por Anthony Flew):
Não sou ateísta e não acho que posso me chamar de panteísta. Estamos na situação de uma criança que entra em uma enorme biblioteca cheia de livros escritos em muitas línguas. A criança sabe que alguém escrevera aqueles livros, mas não sabe como. Não entende os idiomas nos quais eles foram escritos. Suspeita vagamente que os livros estão arranjados em uma ordem misteriosa, que ela não compreende. Isso, me parece, é a atitude dos seres humanos, até dos mais inteligentes, em relação a Deus. Vemos o universo maravilhosamente arranjado e obedecendo a certas leis, mas compreendemos essas leis apenas vagamente. Nossa mente limitada capta a força misteriosa que move as constelações.”
“Uma outra questão é a contestação da crença em um Deus personificado. Freud endossou essa ideia em sua última publicação. Eu próprio nunca assumiria tal tarefa, porque tal crença me parece preferível  à falta de qualquer visão transcendental da vida, e imagino se  seria possível dar-se, à maioria da humanidade, um meio mais sublime de satisfazer suas necessidades metafísicas.”
Em outras palavras, Einstein, nesta última citação, mesmo não acreditanto no Deus personificado das religiões, ainda acha melhor acreditar num Deus assim do que não acreditar em nada…
E Jammer conclui: “Resumindo, Einstein, como Maimônides e Spinoza, categoricamente rejeitava qualquer antropomorfismo no pensamento religioso.”
Jammer comenta inclusive que Einstein não gostava de ser visto como ateísta:
“Em uma conversa com o príncipe Hubertus de Lowenstein, ele declarou que ficava zangado com pessoas que não acreditavam em Deus e o citavam para corroborar suas ideias. Einstein repudiou o ateísmo porque nunca viu sua negação de um deus personificado como uma negação de Deus”.
E Einstein novamente declara:
“Quem quer que tenha passado pela intensa experiência de conhecer bem-sucedidos avanços nesta área (ciência) é movido por profunda reverência pela racionalidade que se manifesta em existência… a grandeza da razão encarnada em existência.”
“Todos os que seriamente se empenham na busca da ciência convencem-se de que as leis da natureza manifestam a existência de um espírito imensamente superior ao do homem, diante do qual nós, com nossos modestos poderes, devemos nos sentir humildes.”
“Minha religiosidade consiste de uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela nos pequenos detalhes que podemos perceber com nossa mente frágil. Essa convicção profundamente emocional da presença de um poder racional superior, que é revelado no incompreensível universo, forma minha ideia de Deus.”
Enfim.
Para fechar com chave de ouro, posto aqui ainda um vídeo (2007) de Walter Isaacson , outro biógrafo de Albert Einstein que já foi presidente e CEO da CNN, editor-geral da revista Time e é presidente e CEO do Instituto Aspen. No vídeo (quem entende inglês, apesar do vídeo estar legendado, entende melhor – as legendas não estão uma brastemp) , Isaacson comenta essas “confusões” a respeito da crença de Einstein, e reforça: o físico NUNCA foi ateísta. Mesmo as cartas que teriam aparecido recentemente em que ele critica “Deus” e religiões de um modo mais ácido, apenas reforçam a ideia de que ele era contra as visões populares e religiosas de “deus”. Na “pior” das hipóteses talvez poderíamos considerá-lo um “agnóstico espiritualista” (é dito que ele próprio se considerava agnóstico)! Ou um místico “dentro do armário”… rs
Alguma dúvida? ;-)
Esta é a foto que mais gosto de Einstein…
Einstein de bike!

“De absoluto, só a relatividade.”

Osho: Deus não existe, mas encontrei algo muito mais significativo

“O Caminho que pode ser verbalizado não é o Caminho eterno.
O nome que pode ser falado não é o nome eterno.
O indizível é a origem do Céu e da Terra.
O nomeado não é senão a mãe de dez mil coisas.
Em verdade, somente aquele que livra-se para sempre do desejo pode ver as Essências Secretas;
Aquele que nunca livrou-se do desejo somente pode ver as Consequências.
Essas duas coisas provêm da mesma fonte; todavia são diferentes na forma.
Essa fonte só pode ser chamada de Mistério.
A porta entreaberta de onde emergem todas as essências secretas.”
(Lao Tsé, Tao Te Ching – 600 a.C)
“Ora, a eternidade está além de todas as categorias de pensamento. Este é um ponto fundamental em todas as grandes religiões do Oriente. Nosso desejo é pensar a respeito de Deus. Deus é um pensamento. Deus é um nome. Deus é uma ideia. Mas sua referência é a algo que transcende a todo pensamento. O supremo mistério do ser está além de todas as categorias de pensamento.”
(Joseph Campbell – 1986)
“A vida espiritual é o buquê, o perfume, o florescimento e a plenitude da vida humana, e não uma virtude sobrenatural imposta a ela. Desse modo, os impulsos da natureza é que dão autenticidade à vida, não as regras de uma autoridade sobrenatural.
(Joseph Campbell – 1986)
Nas tradições religiosas, a metáfora remete a algo transcendente, que não é literalmente coisa alguma. Aceitar a metáfora como auto-referente equivale a ir ao restaurante, pedir o cardápio e, deparando ali com a palavra “bife”, começar a comer o cardápio.
(Joseph Campbell – 1986)
“Os etíopes dizem que seus deuses têm nariz chato e são negros, enquanto os trácios dizem que os seus deuses têm olhos azuis e cabelo ruivo. Ora, se os bois, os cavalos ou os leões tivessem mãos e pudessem desenhar, e pudessem esculpir como homens, então os cavalos desenhariam seus deuses como cavalos, e os bois como bois, e cada um moldaria corpos de deuses à semelhança, cada gênero, do seu próprio.”
(Xenófanes – séc. VI a. C)
“Quando digo que não existe Deus, estou negando uma personalidade a Deus. Estou dizendo que Deus não existe, mas existe uma tremenda religiosidade. É uma energia impessoal, pura energia. Atribuir-lhe qualquer forma é ofensivo. Você está impondo a sua própria forma a ela.”
(Osho)
A mera ideia de Deus deve-se ao fato de que nossas mentes não podem compreender a eternidade. Uma vez que você se eleva acima de sua mente limitada em direção a um estado de não-mente ilimitado, você poderá conceber tudo o que antes era inconcebível. Nenhum Deus é necessário.”
(Osho)
O vídeo de Osho que trago hoje basicamente se resume a uma afirmaçã0 já conhecida dos leitores do Inconsciente: a verdade é uma experiência, não uma crença. E seguindo a “polêmica” de outro vídeo dele já publicado aqui no blog: “Deus não é uma solução, mas um problema!”, novamente temos Osho comentando o teísmo x o ateísmo.

Deus é uma palavra muito complicada. Por mais que se queira reescrever, reinterpretar ou praticamente reinveintar um “conceito” para “Deus”, a associação da palavra com algo “pessoal”, “personificado”, antropomórfico ou com qualidades que tradicionalmente (entenda isso como sem relação alguma com a experiência direta = religião) gostamos de atribuir (coisas como “Deus é amor”, “Deus é Pai”, “Deus é sábio”, “Deus é perfeito” etc.) continuam prevalecendo no ideal da maioria das pessoas. O indivíduo que se diz religioso tem “Deus” como uma convicção, uma crença estabelecida, uma “verdade” intelectual que está mais relacionada com aquilo que ele escolhe ver (os filtros que ele usa para entender a “realidade”), com as ideias com as quais foi condicionado na infância, do que com algo que ele genuinamente experimentou. Dentro do modo de pensar da maioria, quando algo legal acontece com esse indivíduo, é Deus agindo. Quando é algo trágico, aí… bem, é qualquer outra coisa agindo… talvez seja melhor mudar de assunto… Mas são nesses momentos que percebemos a fragilidade de uma crença que se baseia unicamente em projeção: “Deus é aquilo que eu acredito que seja”. Ou pior: que me disseram que é… Convenhamos, isso abre margem pra qualquer coisa, seja “boa” ou “ruim”, dependendo de “gosto do freguês”…
Há um tempo atrás saiu um estudo realizado nos EUA com pessoas religiosas, incluindo membros do clero. De acordo com o estudo, a maioria das pessoas que se consideram religiosas (não lembro exatamente do percentual encontrado, mas era algo em torno dos 70 – 80%) nunca tinha tido nenhuma experiência direta de divindade. E é interessante observar que dentro do seleto grupo de pessoas que afirmam ter tido tal experiência mística, a noção que essas pessoas têm de “Deus” é completamente diferente da que estamos acostumados a ouvir por aí, ou da que a esmagadora maioria de nós fomos educados…
O que mais gosto nessa série de palestras de Osho – sendo o trecho do vídeo apenas uma pequena parte da fala dele sobre o tema – é a ênfase que ele dá ao fato de que a ideia comum de “Deus” se refere a algo estático, absoluto, perfeito,  portanto morto.  Ah, sem falar que normalmente  é algo “externo” a nós… Mas a existência não é morta, não é estática, não é perfeita (pois está em contínua evolução – perfeito é algo que já chegou no ponto máximo)… e muito menos está além de nós. Apesar de Osho não ser teísta, igualmente também não pode ser considerado ateísta, já que para ele não se resume tudo à matéria. E, não esqueçamos, teísmo e ateísmo são apenas as faces opostas da mesma moeda.
A existência é inteligente, não-criada, eterna. Não há a necessidade de um “Deus”, na concepção comum da palavra. Na verdade, sequer dá para colocar “Deus” e “existência” como sinônimos, porque por mais que se explique, a ideia original de Deus, a mais popular (a do “fantasmão que é amor” – e nem vou entrar no mérito da ideia popular a respeito do “amor”), continua latente na mente das pessoas. Com “existência” não há esse problema. Existência nos remete a algo vivo, em evolução, inteligente, algo que nos une a todos… a tudo… Ah, mas palavras são sempre limitações…
Gosto especialmente da metáfora: você é uma gota de Consciência num oceano de Consciência. Nada mais é preciso ser dito ou explicado. Tat tvan asi.
Então… vamos a Osho! (A tradução não é minha, mas tenho a permissão do tradutor, que prefere não ser identificado)
(uma observação quanto ao vídeo: para assistí-lo, é preciso clicar no play duas vezes. Na primeira, enquanto o botão está vermelho, e esperar que fique verde, quando se clica mais uma vez. O Megavideo está meio instável desde ontem – 18/03 -, portanto o vídeo pode não abrir em determinados momentos ou mostrar que “ainda está sendo convertido”. Se o problema persistir, por favor me avisem!)
“E quando eu digo que Deus está morto, tudo o que resta para você é sua própria consciência. E sua consciência é parte de uma consciência oceânica que o cerca. Uma vez consciente de seu interior, verá que, por toda a parte, aquela mesma consciência está pulsando, dançando. Nas árvores, nos rios, nas montanhas, nos oceanos, nos olhos das pessoas, em seus corações, é a mesma canção, a mesma dança – e você participa dela. Sua participação é boa. Sua não participação é má.”
(Osho)

Fim de ano e… Grandes Pensamentos!

Então… é mais um ano que se aproxima do “fim”…

Quero deixar a todos os visitantes e leitores do Inconsciente Coletivo, os meus sinceros votos de um fim de ano de muita luz e paz interior, e que 2011 seja um ano de muito mais crescimento, amadurecimento, criatividade, consciência e autoconhecimento!

E para comemorar o Natal e o término de 2010, criei um vídeo que, espero, inspire a todos que o assistirem a se manterem confiantes nos caminhos que escolheram (ou que pretendem escolher). O grande segredo (e desafio!) é pensar (e agir) do jeito que se realmente deseja pensar, independente das aparências do mundo. É conseguir ver e viver a abundância mesmo aparentemente cercado de escassez…

Fim de Ano - InconscienteColetivo.net

Viagem no Tempo: São Francisco, 1906

Sinceramente, esse é um dos melhores vídeos que vi no Youtube nos últimos tempos!
Recebi o link por email há poucos dias, e as imagens são simplesmente fascinantes ( a escolha da trilha sonora também foi excelente!). Por isso, para quem se interessa por História, cinema ou apenas gosta de observar e refletir sobre como o “mundo dá voltas”, e como tudo está sempre mudando; enfim, sobre as questões existenciais da vida, não pode deixar de conferir esse vídeo!
As imagens mostram uma das ruas principais da cidade de São Francisco, EUA, em 1906. Muitos sites trazem a informação de que a  filmagem foi realizada em 1905, inclusive no site Retronaut a data fornecida é Setembro de 1905. Mas segundo o historiador David Kiehn, do Niles Essanay Silent Film Museum, as imagens foram gravadas por Harry e Herbert Miles em 14 de Abril de 1906.
O que você vai ver é resultado de uma câmera 35mm acoplada a um bonde, percorrendo a Market Street, uma enorme rua central da cidade de São Francisco na época, mostrando 7 minutos e 10 segundos daquela realidade, exatamente como ela acontecia.
É impressionante o número de carros e pessoas competindo por espaço, num trânsito digno da Índia!
Mas o mais impressionante mesmo, após assistir a essas imagens, é saber que elas foram gravadas 4 dias antes do Grande Terremoto de São Francisco, que ocorreu às 5:12h da manhã do dia 18 de Abril de 1906.
Este terremoto é considerado um dos maiores da História dos EUA, com magnitude estimada média de 8 graus na escala Richter (os outros valores propostos para a catástrofe variam de 7.7 até 8.25 graus). Para se ter uma ideia, o terremoto que recentemente abalou o Haiti, no início do ano, foi de 7 graus.
O Grande Terremoto de São Francisco durou cerca de 28 segundos. Milhares de pessoas morreram (não se tem um número exato), e estimou-se que 225.000 ficaram sem teto – das 400.000 que habitavam as áreas afetadas. Se não bastasse isso, um Grande Incêndio (como também ficou conhecido), tratou de destruir o que o terremoto não havia conseguido. Os incêndios duraram 3 dias inteiros.
O terremoto, juntamente com o incêndio, destruiu 80% da cidade.
No Youtube, um outro vídeo mostra duas filmagens da mesma rua, a Market Street: a filmagem da esquerda é a mesma do vídeo acima, de 4 dias antes do terremoto. A filmagem da direita mostra a rua depois do terremoto e dos incêndios:
Foto da Market Street, em 1906, ainda em chamas
marketstreet1906
Abaixo, coloquei algumas das fotos mais interessantes mostrando a cidade como ficou depois dos dois eventos:



Mas o mais interessante é que até a comemoração do aniversário de 104 anos da catástrofe (em Abril passado), ainda apareceram sobreviventes da época:  Bill Del Monte, com exatos 104 anos, e Ruth Newman, que, acredita-se, é a mais antiga sobrevivente, com 109 anos!
É… o tempo passa!

A Força Cósmica do Hábito – Napoleon Hill

Você está onde está e é o que é por causa dos seus hábitos estabelecidos.
(Napoleon Hill)
“A maioria das pessoas vive, seja física, intelectual ou moralmente, em um círculo muito restrito do potencial do seu ser. Em geral, as pessoas fazem uso de uma porção pequena de sua possível consciência e dos recursos da alma, como no caso de um homem que, dentre todas as possibilidades dos movimentos de seu corpo, desenvolveu o hábito de usar e mover somente seu dedinho mínimo da mão.”
(William James)
Chegamos à décima-terceira, a última visita de Hill!
Nesta visita ele nos fala sobre o princípio central, aquele que fundamenta todos os outros princípios do sucesso: A Força Cósmica do Hábito.
Este é um princípio poderoso porque é com ele que definimos e estabelecemos o nosso padrão de atração. E é por isso que a Força Cósmica do Hábito está diretamente ligada a dois outros princípios: A Atitude Mental Positiva e a Autodisciplina. Se pretendemos atrair mais do que realmente desejamos, esses três princípios precisam estar alinhados. Na verdade, um sustenta o outro: a autodisciplina mantém a atitude positiva e estimula o hábito. O hábito reforça a autodisciplina e nutre a atitude positiva. A atitude mental positiva direciona a autodisciplina e impulsiona o hábito.
A força cósmica do hábito, como proposta por Hill, se refere a uma força natural, universal, que fixa e materializa um padrão. E Hill nos dá exemplos de como essa lei opera na natureza, coordenando todas as outras leis naturais a partir de padrões estabelecidos. Mas, ao contrário dos outros animais por exemplo, os seres humanos podem optar por mudar seus padrões e assim utilizarem a lei da força cósmica do hábito de acordo com o que desejarem.
De fato, todos estamos utilizando a força cósmica do hábito, estejamos conscientes disso ou não. A diferença é que quando a utilizamos com consciência (tomando posse de nossas mentes e direcionando-as para os fins que preferimos) podemos materializar o equivalente físico do que desejamos. Mas, como um padrão de atração é criado?
Um padrão é qualquer ideia, crença, comportamento, que é habitual. Um hábito é uma repetição constante de um ato/ideia. Quando se pensa num determinado fato freqüentemente, a força cósmica do hábito age sobre esse padrão de pensamento tornando-o mais ou menos permanente (conforme a intensidade do pensamento) e colocando-o em funcionamento. Se você tem constantemente pensamentos de pobreza, por exemplo, a força cósmica do hábito fará com que isso se torne um padrão estabelecido (fixação), e trará para você mais pobreza (materialização). W. Clement Stone chamava essa lei de “O Segredo”…
Por isso, ao mudar seus hábitos (mentais/físicos) você pode mudar a sua vida. Mas primeiro é preciso definir qual o seu grande propósito de vida. O seu propósito precisa se tornar uma ideia fixa na sua mente, já que é ele que irá nortear a aplicação de todos os outros princípios. A grande chave dessa visita é a Fixação. A fixação em uma ideia, visão, inspiração, é mais um “sintoma” que separa os bem-sucedidos do resto dos seres humanos. Toda pessoa que vive uma vida de realização, que vive sua missão, sua essência; apenas consegue isso porque possui uma ideia do seu propósito fixa em sua mente o tempo inteiro. Não é pensar “quero isso” durante umas horas, uns dias… é pensar o tempo inteiro, durante meses, anos. Se você for pesquisar as biografias de pessoas que tiveram vidas de realizações, que deixaram suas marcas em suas áreas de atuação, por exemplo, você perceberá que nada realmente aconteceu por acaso: a partir do momento que a pessoa se definiu (fixou) em algum empreendimento/missão, tudo passou a acontecer de forma a realizar essa definição. Como se mãos invisíveis aparecessem para ajudar…
MOYERS: Você já teve a sensação, como eu tenho às vezes, ao perseguir a sua bem-aventurança, de estar sendo ajudado por mãos invisíveis?
CAMPBELL: O tempo todo. É milagroso. Tenho até mesmo uma superstição, que se desenvolveu em mim como resultado dessas mãos invisíveis agindo o tempo todo, a superstição, por exemplo, de que, pondo-se no encalço da sua bem-aventurança, você se coloca numa espécie de trilha que esteve aí o tempo todo, à sua espera, e a vida que você tem que viver é essa mesma que você está vivendo. Quando consegue ver isso,você começa a encontrar pessoas que estão no campo da sua bem-aventurança, e elas abrem as portas para você. Eu costumo dizer: Persiga a sua bem-aventurança e não tenha medo, que as portas se abrirão, lá onde você não sabia que havia portas.
(Joseph Campbell e Bill Moyers emO Poder do Mito“)
E, para finalizar a maratona Napoleon Hill com chave de ouro, deixo com vocês as sábias palavras de Mark Twain:

“Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte suas amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra.”

Saia do ritmo hipnótico!

Pensar com Exatidão – Napoleon Hill

“É da discórdia que nascem todas as grandes coisas.”
(Heráclito)
“Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando.”
(Walter Lippmann)
Duvidar de tudo ou crer em tudo: são duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam ambas de refletir.
(Henry Poincaré)
“Não acredite no que você ouviu;
Não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações;
Não acredite em algo porque é dito por muitos;
Não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos;
Não acredite em conjecturas;
Não acredite em algo como verdade por força do hábito;
Não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos.
Somente após a observação e análise, e quando for de acordo com a razão
e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então aceite e viva para isso.”
(Gautama Buda)
Penúltima visita e uma das mais importantes de Napoleon Hill, e o tema é: Pensar com Exatidão.
Aí está algo pouquííííssimo difundido não só geralmente, mas inclusive academicamente…(lembra? “ensino superior não é sinônimo de educação superior?“) E eu não consigo dimensionar em palavras, a importância que essa forma de pensar pode ter na vida de um ser humano.
O pensar com exatidão nada mais é do que ter um mínimo do bom e velho senso crítico. É parar de acreditar nos outros por esporte e passar a analisar as informações que recebe, independentemente de quem as disse (inclusive eu, inclusive você!!!). Esse é um hábito de vital importância exatamente porque ele previne que você crie/aceite crenças e condicionamentos que, além de não beneficiarem você em nada, simplesmente não são verdadeiros! As pessoas passam para frente todo tipo de opinião infundada, normalmente informações que leram ou ouviram e que não tiveram o trabalho de verificar a fonte. Você já não cansou de receber, por exemplo, emails-corrente de crianças supostamente desaparecidas ou com problemas de saúde exóticos, pedindo “ajuda” e que você passou para todo mundo sem sequer ligar para o número de telefone fornecido ou tentar descobrir o endereço da família em questão? Ou se já fez como eu, e respondeu o email do amigo/colega/familiar que te enviou tal mensagem e perguntou se ele/ela conhecia a criança ou sabia como contatá-la realmente? E então viu o suposto “apelo desesperado” desmoronar e a lenda urbana aparecer? Pois é…
Tal tipo de atitude, por melhor que seja a sua ou a intenção de quem te passa tal mensagem, é uma demonstração bem cotidiana de como muitas vezes não pensamos com exatidão e não questionamos as informações que nos passam. E TODO mundo faz isso (não é a sociedade lá fora ou “as pessoas”; é você também, eu também), com maior ou menor freqüencia, em maior ou menor grau, ainda mais quando o assunto tem algum tipo de apelo emocional para a pessoa (tradições familiares, crenças religiosas ou não-religiosas, costumes, para citar alguns). É sempre bem mais fácil ser crítico ou cético com relação aos outros, mas na hora de aplicar o mesmo método de raciocínio consigo mesmo, a coisa complica. E a ideia principal do uso do Pensar com Exatidão, como proposto por Hill nessa visita, é utilizar essa forma de pensar especialmente quando você faz a sua auto-análise.  Você já aceitou tanto lixo dos outros que deve cuidar principalmente com a sua própria opinião… ela é realmente sua? E eu gosto muito do Hill aqui, porque ele enfatiza o “sentir” e o “intuir”, como formas válidas de análise de informações, mais do que somente o raciocínio intelectual em si. Porque nem tudo que é lógico é necessariamente verdadeiro… Mas, é claro, é preciso treinar a intuição e saber diferencia-la de outras sensações que nada mais são do que reações baseadas em medos, preconceitos e/ou julgamentos seus. E como se aprende a fazer essa diferenciação? Com auto-análise!
Em resumo, a ideia é ser científico. A informação que recebi tem alguma validade prática? Tem algum benefício real? Me faz evoluir, seja financeira/intelectual/física ou espiritualmente? Provoca alguma mudança positiva em algum aspecto da minha vida? Eu me torno melhor ou mais feliz aceitando isso?
Não tenha medo de mudar suas ideias, de rever seus conceitos…(e a sua auto-análise, o seu autoconhecimento, vai te cobrar isso) tenha medo de não ter nem ideias próprias para mudar. Isso sim é horrível! Mas não mude apenas ou porque alguém disse, mude porque você chegou a uma nova consciência sobre o assunto (prefiro evitar a palavra “conclusão” porque ela dá a ideia de um raciocínio que se fechou sobre algum conceito/fato) e o seu crescimento, a sua evolução demandou tal mudança. Afinal, a única e verdadeira mudança é quando você muda por si e para si.
Prefira ser a metamorfose ambulante…
Vamos a Hill