Blog

Blog

27 de fev. de 2012

Pioneiras do pós-punk brasileiro



Um projeto idealizado pelo guitarrista Edgard Scandurra, ex-Ultraje A Rigor e Ira!, culminou nos anos 80  na que se tornaria uma das primeiras bandas compostas por mulheres do pós-punk brasileiro. Chamado de As Mercenárias, o grupo surgiu dez antes da onda punk-hardcore feminista estourar com as norte-americanas da Bikini Kill. Em 1983, influenciados por Siouxsie & the Banshees, Sex Pistols e New Order, o conjunto era originalmente formado por Rosália (vocal), Sandra Coutinho (baixo), Ana Machado (guitarra) e na bateria, ainda desconhecido na época, estava Scandurra.
Após fechar um contrato com a loja Baratos Afins, As Mercenárias lançavam seu primeiro LP “Cadê As Armas?”  (1986). O trabalho é considerado um importante disco do underground paulistano. Algumas canções são até hoje clássicos do punk nacional, como “Polícia”, “Me Perco Nesse Tempo” e “Santa Igreja, hinos do inconformismo que embalaram aqueles tempos.
Em 1988, pouco antes de pararem com a carreira musical, lançaram o álbum “Trashland”, produzido por Scandurra juntamente com Thomas Pappon. As Mercenárias esboçaram um retorno em 2005, pela boa repercussão do relançamento de algumas faixas da banda na coletânea “O Começo do Fim do Mundo (Beginning of the End of the World: Brazilian Post-Punk 1982-84)”, na Europa pela Soul Jazz Records.