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5 de fev. de 2012

Não beba ainda! Benefícios de 1.000 garrafas de vinho tinto podem vir num remédio

Você já deve ter ouvido falar dos benefícios do vinho inúmeras vezes. Um deles foi descoberto quando cientistas alegaram que o vinho tinto continha resveratrol – um composto que pode aumentar a saúde e talvez até mesmo prolongar a vida.
Porém, estudos sugerem que, para ver os benefícios desse composto, é preciso consumir grandes quantidades dele, muito mais do que é encontrado em uma garrafa de vinho.
Agora, uma nova pesquisa indica que é possível obter uma dose grande de resveratrol a partir de comprimidos existentes – uma classe de drogas que está sendo testada para uso em tratamentos de mal de Alzheimer e mal de Parkinson.
Os resultados sugerem que essas drogas, conhecidas como inibidores fosfodiesterase tipo 4 (PDE4), podem fornecer uma maneira prática de colher os benefícios do vinho tinto sem consumir baldes da bebida (o que certamente seria ruim).
“O estudo revela uma função para essa classe de medicamentos que não tinha sido explorada ainda”, disse o pesquisador Dr. Jay H. Chung. No entanto, o estudo foi realizado em ratos, e os resultados terão que ser replicados para saber se são válidos para humanos.
Os cientistas queriam descobrir exatamente como o resveratrol, um composto do vinho tinto, agia dentro das células.


Eles descobriram que o resveratrol inibe uma proteína conhecida como fosfodiesterase tipo 4 (PDE4). Isso significa que ele é um inibidor da PDE4. Sabendo que drogas chamadas inibidores de PDE4 estavam sendo testadas para o tratamento de Alzheimer, os pesquisadores deram uma delas, rolipram, para os ratos.
Eles descobriram que a droga produzia todos os benefícios de saúde do resveratrol, incluindo prevenção da obesidade e melhor controle sobre os níveis de açúcar no sangue.
Em estudos com pessoas, o resveratrol mostrou efeitos antidiabetes. Mas era preciso ingerir cerca de 1.000 garrafas de vinho tinto por dia a fim de ter bons benefícios de saúde.
Inibidores de PDE4 poderiam ser uma solução realista para as pessoas obterem os mesmos benefícios. Além disso, eles podem ser menos tóxicos do que o resveratrol em si, porque o composto interage com muitas proteínas dentro das células.
O próximo passo da pesquisa é analisar os efeitos do rolipram em pessoas obesas com resistência à insulina.
Outro inibidor de PDE4, chamado roflumilaste, já está aprovado como tratamento para pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Os efeitos colaterais desta droga incluem náusea, diarreia e tontura, que é um enorme passo na compreensão do que o resveratrol faz, a nível biológico.

LiveScience