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15 de fev. de 2012

Carnaval e História do Carnaval



Carnaval e História do Carnaval
Festas carnavalescas, carnaval, escolas de samba, história do carnaval, origens, escolas de
samba vencedoras dos últimos carnavais no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Carnaval
Carnival in Rio de Janeiro.jpg
Carnaval no Rio de Janeiro, Brasil
Nome oficial Entrudos
Tipo Cristão
Seguido por Mundial
Ano de 2011 8 de Março
Ano de 2012 21 de Fevereiro
Observações: Período festivo convidativo a bailes, desfiles carnavalescos, e adopção de trajes e personalidades diferentes do habitual.
Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.. É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque, capital da Finlândia.
O carnaval do Rio de Janeiro está no Guinness Book como o maior carnaval do mundo. Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo.

História e origem

A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres.
MardiGrasPaull1897Cover.jpg
Em geral, o carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras). O termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.
O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as actividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

Cálculo do dia da Carnaval

Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa, com exceção do Natal. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.

Datas do Carnaval

O Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa, em fevereiro, geralmente, ou em março, conforme o Cálculo da Páscoa (veja artigo anterior), e uma curiosidade: o Carnaval ocorre próximo ou no dia de Lua Nova.
Datas do Carnaval:
Ano Data do Carnaval Data da Páscoa
1955 22 de fevereiro 10 de abril
1956 14 de fevereiro 22 de abril
1957 5 de março 21 de abril
1958 18 de fevereiro 6 de março
1959 10 de fevereiro 29 de março
1960 1º de março 17 de abril
1961 14 de fevereiro 2 de abril
1962 6 de março 22 de abril
1963 26 de fevereiro 14 de abril
1964 11 de fevereiro 29 de março
1965 2 de março 18 de abril
1966 22 de fevereiro 10 de março
1967 7 de fevereiro 26 de março
1968 27 de fevereiro 14 de abril
1969 18 de fevereiro 6 de abril
1970 10 de fevereiro 29 de março
1971 23 de fevereiro 11 de abril
1972 15 de fevereiro 2 de abril
1973 6 de março 22 de abril
1974 26 de fevereiro 14 de abril
1975 11 de fevereiro 30 de março
1976 2 de março 18 de abril
1977 22 de fevereiro 10 de abril
1978 7 de fevereiro 26 de março
1979 27 de fevereiro 15 de abril
1980 19 de fevereiro 6 de abril
1981 3 de março 19 de abril
1982 23 de fevereiro 11 de abril
1983 15 de fevereiro 3 de abril
1984 6 de março 22 de abril
1985 19 de fevereiro 7 de abril
1986 11 de fevereiro 30 de março
1987 3 de março 19 de abril
1988 16 de fevereiro 3 de abril
1989 7 de fevereiro 26 de março
1990 27 de fevereiro 15 de abril
1991 12 de fevereiro 31 de março
1992 3 de março 19 de abril
1993 23 de fevereiro 11 de abril
1994 15 de fevereiro 3 de abril
1995 28 de fevereiro 16 de abril
1996 20 de fevereiro 7 de abril
1997 11 de fevereiro 30 de março
1998 24 de fevereiro 12 de abril
1999 16 de fevereiro 4 de abril
2000 7 de março 23 de abril
2001 27 de fevereiro 15 de abril
2002 12 de fevereiro 31 de março
2003 4 de março 20 de abril
2004 24 de fevereiro 11 de abril
2005 8 de fevereiro 27 de março
2006 28 de fevereiro 16 de abril
2007 20 de fevereiro 8 de abril
2008 5 de fevereiro 23 de março
2009 24 de fevereiro 12 de abril
2010 16 de fevereiro 4 de abril
2011 8 de março 24 de abril
2012 21 de fevereiro 8 de abril
2013 12 de fevereiro 31 de março
2014 4 de março 20 de abril
2015 17 de fevereiro 5 de abril
2016 9 de fevereiro 27 de março
2017 28 de fevereiro 16 de abril
2018 13 de fevereiro 1 de abril
2019 5 de março 21 de abril
2020 25 de fevereiro 12 de abril

 A história do Carnaval em todo Brasil

Carnavais do Brasil

Embora eu não goste do carnaval e o meu termômetro de feriados coloque essa folia toda entre os piores feriados de todos, muita gente gosta, e como bom Cab que sou, respeito o gosto das pessoas e proveito para informá-las da história da festa que elas tanto gostam. Sem mais delongas segue abaixo a história do carnaval.

O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado a liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.
O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
 No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
 No século XX o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

     Ivete Sangalo reúne 25 mil pessoas no Carnaval Nutrisse - Rio de Janeiro






Carnaval de Salvador

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bloco da capoeira circuito Campo Grande Salvador

Praia do Farol da Barra cheia de banhistas, um dia antes da abertura do Carnaval 2008.

Armação dos camarotes no circuito Barra-Ondina para o carnaval que começou no dia 31 de janeiro de 2008.

Foto em show do Bloco-Afro Ilê Aiyê.
O Carnaval de Salvador é uma das maiores festas populares do mundo. Já foi tido como o Maior Carnaval pelo Guiness Book, mas perdeu sua posição para o Carnaval do Rio de Janeiro . Conta todos os anos com aproximadamente 3.000.000 foliões em seis dias de festa, que festejam em três principais circuitos: Dodô (Barra-Ondina), Osmar (Campo Grande-Avenida Sete) e Batatinha (Centro Histórico).

 Pau elétrico

Instrumento criado por Dodô para evitar a microfonia existente no violão elétrico utilizando o cêpo maciço que possibilitava a reprodução do som de forma perfeita. Inspirado no violão elétrico do carioca Benedito Chaves, o pau elétrico ou guitarra baiana possibilitou o desenvolvimento de uma nova forma de “fazer carnaval”.

 Trio elétrico

Criado por Dodô e Osmar a famosa fobica, remodelação de um velho Ford Bigode 1929, tornou-se o primeiro trio elétrico. Totalmente mudado e pintado para a festa, a fobica virou o palco perfeito para à guitarra baiana. Esta invenção transformou o carnaval de rua de Salvador. Que hoje em dia é agitado por vários cantores famosos na Bahia. Os shows dados em cima do trio elétrico passam pelas ruas dos bairros como Barra, Ondina e Campo Grande. Atraindo uma grande multidão de pessoas, tanto anônimas quanto outros artistas e personalidades.

Afoxé

No Estado da Bahia, o afoxé é formado principalmente por pessoas ligadas aos preceitos do candomblé. Tendo como a sua manifestação carnavalesca o resgate da herança cultural africana em seu ritmo, língua e vestimenta.

Bloco afro

O bloco afro é um grupo carnavalesco que traz em suas músicas, vestimentas e origem étnica a herança africana.

Axé

O Axé é um ritmo baiano que nasce da mistura de ritmos no carnaval de Salvador. Fruto principalmente da fusão do frevo e do afoxé.


Trio Elétrico - A máquina de fazer alegria
No princípio era apenas o som. Depois de Dodô e Osmar, o Carnaval começou a contar com um novo personagem: o carro eletrizado que toca música enquanto roda pelas ruas da cidade. E quem hoje em dia consegue imaginar a maior festa popular da Bahia sem o trio elétrico? Pois o invento que completa 52 anos no próximo Carnaval, saiu das fronteiras da Bahia e extrapola o objetivo inicial. Hoje, o trio é ingrediente indispensável em qualquer festa de largo, comícios, e, por que não, em aniversário - de municípios, por enquanto! Músicas como Pombo Correio, que teve os primeiros acordes tocados em cima do primeiro trio, viraram sucessos nacionais.

O trio elétrico de hoje é descendente da Fobica, um calhambeque com dois alto-falantes criado pelo radiotécnico Adolfo Nascimento e pelo mecânico Osmar Macedo no Carnaval de 1950. O Ford ano 1929 - conhecido como "bigode" - que era usado para transporte de ferro na oficina de Osmar Macedo, recebeu pintura imitando confetes e ainda pode ser visto na Casa do Som, museu da música baiana que funciona no Parque do Abaerá. Um detalhe faz a história do trio elétrico ainda mais bonita: o único objetivo do invento foi dar mais alegria à festa de rua de Salvador, e prova disso é que os pais nunca patentearam o carro de som eletrizado. No Brasil, a marca é considerada de domínio público.

A idéia surgiu da vontade de levar para as ruas de Salvador o efeito produzido pelo autêntico frevo em Pernambuco, que encantou a dupla durante uma apresentação do Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas do Recife, na Bahia, a pedido do Governador Otávio Mangabeiras. Uma multidão seguiu o som do frevo da bandinha do Campo Grande até a Rua Chile, voltando pela Avenida Carlos Gomes até o Palácio da Aclamação, onde a apresentação acabou. Isso aconteceu na quarta-feira antes de Carnaval. No mesmo dia começou a transformação do velho Ford em carro elétrico. Depois do trabalho de pintura e instalação elétrica dos dois alto-falantes, o primeiro trio elétrico estreou no domingo do Carnaval do ano de 1950.


Mal vindo?
O primeiro desfile do trio elétrico de Dodô e Osmar foi recebido com vaias de um lado e aplausos do outro. É que a estréia da fobica de Dodô e Osmar aconteceu às 17h do domingo de Carnaval do ano de 1950, durante o desfile do bloco dos Fantoches da Euterpe, cuja diretoria, de fraque e cartola, pediu para que a "dupla elétrica" desligasse o carro de som. Quando eles obedeciam, a multidão pedia que voltassem a tocar as marchinhas de frevo. Resultado: venceu a turma do "quero mais" e a fobica elétrica, com os músicos tocando os chamados "paus elétricos", um violão e um cavaquinho, que depois seria chamado guitarra baiana, levantou a poeira das ruas até a terça-feira.

Dirigida por Olegário Muriçoca, o primeiro motorista de trio do mundo, e acompanhada por uma pequena multidão, a fobica foi abrindo espaço na avenida em direção à Praça Castro Alves, onde haveria mais espaço para tocar. Estava criado também o frevo baiano, uma mistura entre o verdadeiro frevo pernambucano e a marchinha carioca, como definiu Caetano Veloso. O som saía de duas cornetas, uma instalada na frente e outra atrás. Numa faixa na parte externa, estava escrito: "A dupla elétrica". No chão, um grupo de músicos tocava caixa, surdo, bumbo, pandeiro e prato, acompanhando a marcha lenta da fobica.

Naquela época, o Carnaval de Salvador em nada lembrava a festa popular de hoje. A brincadeira no centro era apenas um desfile de fantasias ao som de marchinhas lentas, assistido por pessoas nas calçadas. Algumas chegavam a levar as cadeiras para descansar entre a passagem de um bloco e outro. O surgimento do velho calhambeque pilotado por dois jovens tocando instrumentos esquisitos foi mais que uma revolução: cadeiras guardadas, a folia nunca mais foi a mesma.

No ano seguinte, a fobica voltou às ruas, mas com alguns avanços: o velho Ford foi substituído por uma camionete com oito alto-falantes e iluminação fluorescente e a dupla elétrica ganhou mais um integrante, o violonista Temistócles Aragão, além de muitos fãs. O trio montado sobre uma picape Chrysler, que tinha nas laterais a inscrição "O Trio Elétrico", revolucionou definitivamente o Carnaval baiano. Na cronologia da história do Carnaval, uma coisa é certa: o trio elétrico e a guitarra baiana foram o pontapé inicial para que a festa popular na Bahia chegasse hoje ao grande evento mundial que é. Mesmo com a saída de Aragão, o nome que pegou para o carro foi o de trio mesmo.

Nos anos de 1985 e 1986, intermediado pelo escritor Jorge Amado, o trio elétrico de Dodô & Osmar foi à França, onde arrastou mais de cem mil pessoas nas ruas de Toulouse, cidade localizada ao sul daquele país. Além da Franca, o trio elétrico de Dodô & Osmar fez Carnaval na Itália, Suíça e México. Outros trios diversos, montados dentro e fora da Bahia, viajam todos os meses do ano pelo Brasil e o mundo levando a música baiana além fronteiras. Como disse um dia Caetano Veloso, "atrás do trio elétrico, só não vai quem já morreu".


Os filhos da Fobica
Da velha Fobica até os modernos trios elétricos que animam os carnavais de hoje em dia, a trajetória é de sucesso e tecnologia. O primeiro grande passo aconteceu em 1958, com a criação do Trio Tapajós, pelo carnavalesco Orlando Campos. Com ele, a estrutura dos trios foi redimensionada: as carrocerias passaram a ser grande e o aspecto alegórico dos carros foi ressaltado. Outra grande mudança que ficou foi a introdução do microfone, inicialmente usados para fazer anúncios de achados e perdidos. Orlando Campos foi também o inventor da Caetanave, que no fim dos anos 60 e início dos 70, fez uma homenagem a Caetano Veloso, recém chegado do exílio. O carro tinha forma de foguete espacial, alto-falantes em todos os lados e era cercado de lâmpadas coloridas. A Caetanave entrou na Praça Castro Alves, em 1972, tocando Chuva, suor e cerveja e com Gil, Gal, Bethânia, Dodô e Osmar fazendo coro.

Seguindo as mudanças introduzidas por Orlando Campos, os trios atuais estão cada vez mais modernos. No começo dos anos 80, o bloco Traz os Montes montou um trio com equipamentos transistorizados, ar-condicionado, retirou as bocas dos alto-falantes e instalou caixas de som retangulares, com colunas de caixas de som que destacavam a voz do cantor e projetavam longe a música. Em cima, a novidade foi uma banda com bateria, cantor e outros músicos no caminhão. No ano seguinte, o bloco Eva trouxe engenheiros dos Estados Unidos com a missão de remodelar o sistema de sonorização. Os investimentos em melhorias deu início à profissionalização do Carnaval.

Os novos trios são equipados com coisas que nem Dodô nem Osmar sonharam. Os grandes trios são munidos até de computadores para afinar os instrumentos e regular o volume de som. Trata-se de uma estrutura metálica pesando 15 toneladas, com quatro metros de altura por 3,5 de largura e 25 de comprimento, em média. Chega a ter potência para iluminar uma cidade de mil habitantes. Por dentro, ninguém imagina, mas tem escadas, camarim, elevador, circuitos de som e de luz. Eles encabeçam blocos que chegam a reunir de 400 a três mil foliões, e geram mais de mil empregos diretos durante o Carnaval, entre músicos, garçons, cordeiros e até médicos. Geralmente são hoje acompanhados de carros de apoio, oferecem aos foliões, além da alegria, banheiros cada vez melhores, assitência médica, bares e lanchonetes. A história é recriada a cada fevereiro.


Saudades elétricas
O radiotécnico Adolfo Antônio Nascimento, o Dodô, morreu em 15 de junho de 1978, quando estava com 64 anos. Já o engenheiro Osmar Macedo faleceu em 30 de junho de 1997, aos 74 anos de idade. Os dois deixaram um legado de alegria e inventividade, e vários filhos que seguem a tradição da música. Dodô deixou nada mais, nada menos que 11 filhos e Osmar sete, boa parte de todos eles formada de Músico. Os dois músicos tinham personalidades parecidas - embora diferentes do espírito de Carnaval.
Pode se dizer que Dodô foi em vida a antítese do trio elétrico. Ao passo que a invenção é algo extrovertido, o velho Adolfo era tímido. Talvez por isso, o papel de Dodô na criação e na manutenção do trio nunca tenha sido suficientemente ressaltado, sem que para isso houvesse alguma contribuição de Osmar. Ele fez parte do conjunto Três e Meio, com o nome de Adolfo Nascimento, ao lado de Dorival Caymmi, Zezinho Rodrigues, Alberto Costa e Eduardo Nery. Quando Caymmi saiu, no final dos anos 30, o conjunto foi reestruturado e entrou Osmar.
Osmar era uma pessoa tranquila e caseira, e é lembrado como uma figura alegre, simpática e cheia de manias. Os primeiros contatos com a música começaram com aulas de bandolim, quando era aluno do colégio Carneiro Ribeiro. Passou a infância no bairro da Lapinha. Formado em Engenharia Civil, assina importantes obras na Bahia, como a do Terminal de Ferry Boat, Porto de Aratu, Ponte do Funil, e até do Teatro Castro Alvez, onde depois de um acidente de trabalho passou a andar com ajuda de muletas. Como um dos pais do trio elétrico, recebeu homenagens em escola de samba do Rio de Janeiro. Dos filhos, apenas um escolheu a área de artes plásticas, os outros todos seguiram a carreira de músico. Dentre eles, se destaca Armandinho, um dos mais conceituados guitarristas do Brasil.


História preservada
Boa parte de todas essas histórias estão preservadas em um livro lançado 50 anos depois da invenção do trio elétrico. O trabalho é do professor universitário e doutor em Literatura, Fred Góes, e foi lançado em fevereiro de 2000, nas comemorações do cinquentenário da invenção de Dodô e Osmar. Trata-se de um resgate histórico de cinco décadas de Carnaval, através de pesquisa, depoimentos e fotografias, feito com patrocínio da Copene, e editado pela Corrupio. O livro "50 anos de trio elétrico" é a segunda obra do autor sobre o tema. Em 1982, ele lançou O país do Carnaval elétrico, cobrindo o período de 1950 até começo dos anos 80.
O livro narra desde a invenção baiana até as transformações técnicas e estéticas determinadas pelo trio elétrico. Estão lá registrados o aparecimento do trio Armandinho, Dodô & Osmar, em meados dos anos 70; como Moraes Moreira foi o primeiro a cantar em cima de um trio, dentre outras curiosidades, Para a pesquisa, o autor ouviu parentes de Osmar Macedo e Dodô, entrevistou artistas como Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor e Baby do Brasil, que ainda nos anos 60 puseram voz no trio elétrico.


Curiosidades
Ainda jovens, Dodô e Osmar se conhecem na Península de Itapagipe e começam a tocar juntos no conjunto musical Três e Meio. Osmar tocava cavaquinho e Dodô, violão. O grupo de choro se apresentava no Tabaris, ponto de encontro dos boêmios da Praça Castro Alves.
Em 1959, Dodô & Osmar tocam no Carnaval de Recife. Desafiados pelo maestro Nelson Ferreira, autor dos frevos de maior sucesso do repertório do Trio Elétrico nos anos 50, os baianos colocaram, sem grande dificuldade, uma multidão nas ruas da capital pernambucana.
Em 1960, o trio elétrico Dodô & Osmar deixou de sair no Carnaval de Salvador, uma vez que os dois se dedicaram ao exercício da profissão, o que não combinava com o Carnaval, que era considerado uma diversão.
Armandinho, filho de Osmar, começou a seguir os passos do pai aos 10 anos, e levaria o nome de Dodô & Osmar no trio mirim projetado pelo pai.
O trio ficou famoso no Brasil inteiro quando Caetano Veloso gravou o Frevo do Trio Elétrico, de autoria de Osmar, despertando a atenção da mídia de todo o país para a invenção baiana. Outro clássico de Caetano, Atrás do Trio Elétrico, impulsionou, de forma decisiva, o retorno do trio de Dodô & Osmar às ruas.
Em 1975, ano do Jubileu de Prata do Trio Elétrico, Dodô & Osmar voltam a sair às ruas de Salvador e gravam o primeiro disco, Jubileu de Prata. O último disco do trio elétrico presenciado por Osmar, Estado de Graça, foi gravado em 1991.
O pai do trio elétrico é um repórter francês, de nome Remir Colaponca, pelo menos no registro. Ele pediu autorização a Osmar para ser representante do Trio Elétrico na França, em 1990. Com o documento assinado por Osmar, o francês registra o nome Trio Elétrico em seu país.


Principais compositores de frevo de Pernambuco

     FREVO VASSOURINHAS - FREVO PERNAMBUCANO CARNAVAL 2011



Capiba e Nelson Ferreira. Foto: Reprodução da capa do LP "Nova História da Música Popular Brasileira"

Capiba e Nelson Ferreira. Foto: Reprodução da capa do LP "Nova História da Música Popular Brasileira"
Capiba – Um dos mais famosos e versáteis compositores da história da música pernambucana, Capiba deixou uma obra composta de vários gêneros de música, sendo o frevo a sua maior paixão. Nasceu em 28 de outubro de 1904, na cidade de Surubim (PE). Em 1963, compõe Madeira que Cupim não Rói, canção considerada hoje como o frevo de bloco mais famoso do carnaval pernambucano. Faleceu aos 93 anos, no dia 31 de dezembro de 1997.
Nelson Ferreira – O maestro Nelson Ferreira foi o primeiro autor a ter uma marcha de bloco gravada: Borboleta não é Ave, gravada em 1923. Nascido em Bonito, no dia 09 de dezembro de 1902, compôs em 1957 o frevo de bloco Evocação Nº 1. É autor também das Evocações Nº 2 e Nº 3, além de diversos outros frevos de bloco, como Bloco da Vitória e Carnaval da Vitória, e muitos frevos de rua inesquecíveis. Faleceu em 21 de dezembro de 1976.
Edgard Moraes – Autor do frevo que inspirou a criação do Bloco da Saudade – a marcha Valores do Passado, que homenageia vinte e quatro blocos extintos do Carnaval do Recife -, Edgard Moraes foi um dos mais importantes autores do gênero do século passado, tendo deixado um legado de aproximadamente trezentas composições, entre choros, valsas e, principalmente, frevos. Nasceu no Recife, no dia 1º de novembro de 1904.
Levino Ferreira – Pernambucano, nasceu em na cidade de Bom Jardim, no dia 2 de dezembro de 1890. Inicia sua jornada pela música aos 10 anos, tocando trompa na banda local. Dono de um grande repertório de frevos de rua, em 1962 compõe seu único frevo de bloco, chamado Resposta, em réplica à marcha de bloco composta um ano antes por João Santiago, Escuta Levino. Morreu aos 70 anos, em 09 de janeiro de 1970.
Getúlio Cavalcanti – Nasceu em Camutanga a 10 de fevereiro de 1942. Compõe desde os 14 anos e teve seu primeiro contato com música carnavalesca aos 17, cantando numa orquestra de frevo de sua cidade. Em 1962, estreou como cantor na extinta TV Rádio Clube. Depois de gravar o frevo Solteirão, em 1964, afastou-se da vida artística até o lançamento triunfal de O Bom Sebastião, no carnaval de 1976. É autor de algumas das mais belas músicas do carnaval de Pernambuco como Boi Castanho e Último Regresso.
J. Michiles – Nascido em 04 de fevereiro de 1943, J. Michiles surge como compositor ainda nos anos 1960, ao vencer o concurso Uma canção para o Recife com a antológica marcha Recife, Manhã de Sol. A partir daí emplacou vários sucessos, com destaque para alguns frevos-canção imortalizados na voz de Alceu Valença, como Roda e Avisa e Diabo Louro. Compôs em homenagem ao Bloco da Saudade, entre outras, a marcha Bloco da Saudade, na qual evoca antigos compositores carnavalescos.
João Santiago – Mestre do bloco Batutas de São José, João Santiago nasceu no Recife, no dia 1º de março de 1928. Teve contato com a música ainda pequeno através do seu pai, José Felipe, que era maestro e compositor. Tocou na orquestra do bloco Inocentes e aos 17 anos passou a tocar no Batutas de São José. Dentre as suas composições estão as famosas Sabe Lá K é Isso, Hino do Batutas e Relembrando o Passado. Faleceu em 11 de novembro de 1985.

Compositores de Olinda

Lídio Macacão – Lídio Francisco da Silva, Lídio Macacão ou “O Conde de Guadalupe”, nasceu em Olinda, em 1892, na Rua do Amparo, esquina do Beco das Cortesias. Além de carnavalesco, era membro da Irmandade dos Martírios, da Igreja de São João. É autor de diversos frevos do Carnaval olindense, entre eles Banho no Conde; Campeão de 26, para o clube Vassourinhas de Olinda; Morcego; Música, Mulheres e Flores, considerada a obra-prima da música carnavalesca olindense; e Três da Tarde, frevo de rua que se tornou um dos hinos do carnaval de Olinda. Faleceu em 21 de março de 1961.
Clídio Nigro – Autor de vários frevos do carnaval de Olinda, entre eles o mais famoso de todos os tempos: Olinda nº 2 (Hino do Elefante), em parceria com Clóvis Vieira, que continua fazendo sucesso no carnaval da cidade. É autor ainda de Banho de Conde, em parceria com Wilson Wanderley; Casa de Caboclo; Olinda nº 1, em parceria com Clóvis Vieira; e Marim dos Caetés, em parceria com Fernando Neto. Nasceu em 1909.
Alex Caldas – Autor de um dos mais famosos e tradicionais frevos do Carnaval de Olinda: Bate bate com doce, o hino da Troça Carnavalesca Mista Pitombeira dos Quatro Cantos, tradicional agremiação carnavalesca da cidade. A música foi lançada pelo selo Mocambo, da gravadora Rozenblit na década de 1950.



Carnaval de Olinda

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Carnaval de Olinda
Carnaval de Olinda: Bonecos Gigantes animam a festa (foto: Ana Cláudia Ribeiro - Pref. de Olinda)

Introdução

O Carnaval de Olinda é um dos mais animados do nordeste brasileiro. O segredo deste sucesso é a grande e animada participação popular.  

História do Carnaval de Olinda

O Carnaval de Olinda surgiu no começo do século XX. Sua origem está diretamente ligada ao surgimento de clubes carnavalescos como, por exemplo, Clube Carnavalesco Misto Lenhadores (origem em 1907) e Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas (origem em 1912). Já a tradição dos desfiles de bonecos surgiu no começo da década de 1930. Foi no ano de 1932 que o boneco "Homem da Meia-Noite" foi pela primeira vez para as ruas da cidade animar o carnaval.

Bonecos Gigantes

Uma das principais marcas do carnaval de Olinda é o desfile dos Bonecos Gigantes. Confeccionados de madeira, papel e tecidos, estes bonecos são conduzidos pelas ruas da cidade, animando os foliões. Um dos bonecos mais conhecidos e tradicionais é o “Homem da meia-noite”.
Estes bonecos são representações de importantes personalidades históricas do Brasil e do mundo. Políticos, músicos, atletas e artistas famosos são transformados, com muito talento e arte, nestes lindos símbolos do carnaval olindense.

Frevo

Os desfiles de rua são animados com muito samba e frevo. Embora surgido no Recife, o frevo já faz parte do carnaval de Olinda há várias décadas. É o frevo que anima e contagia os foliões pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta.

Festa popular

Todos os carnavais mais de um milhão de foliões participam da festa popular. São aproximadamente 500 grupos carnavalescos que desfilam pelas ruas, principalmente do centro velho de Olinda. Além dos clubes carnavalescos, saem às ruas clubes de frevos, blocos, maracatus, troças, afoxés e caboclinhos.
As tradições do carnaval de Olinda representam a mais pura mistura de traços culturais dos povos que formaram a nação brasileira (negros, índios e europeus).

Curiosidade:

- Um dos mais conhecidos bonequeiros de Olinda é o artista plástico Silvio Botelho. 



A Origem do Carnaval

O carnaval é uma das festas mais populares do mundo, mas você sabe a origem do Carnaval?  Na verdade não se sabe ao certo qual é a origem dessa festa animada, mas os primeiros relatos dizem que o carnaval originou-se na Grécia  em meados dos anos 600 a 520 a.C., e era uma festa onde os gregos realizavam seus agradecimentos aos deuses.
Especificamente no Brasil conta-se que iniciou-se em 1641 e foi obra do governador de Salvador que queria homenagear o rei Dom João IV, porém outras fontes apontam o ano de 1723 como inicio da festa de carnaval no Brasil trazida pelos portugueses . Embora não haja uma data exata consensual do inicio dos festejos no Brasil o certo é que tornou-se a festa mais popular do Brasil e que já se espalhou pelo mundo inteiro.
Alguns historiadores dizem que o carnaval era um festival religioso e primitivo, outros dizem que é uma festa pagã. Mas o certo mesmo é que o fim do carnaval marca o inicio da quaresma e consequentemente a preparação para a Páscoa. O carnaval é uma festa que celebra a vida e a alegria.
carnaval
O carnaval não tem dia certo para ocorrer, já que vários outros países já incorporaram a festa em seus calendários.  Alguns países não dão muita importância ao carnaval, em Portugal o evento não recebe a  mesma importância que que recebe por exemplo no Brasil.
Na Alemanha o carnaval começa no dia 6 de janeiro; na Colômbia começa em 11 de novembro; na França o carnaval só é comemorado na terça-feira gorda que é a quinta-feira da terceira semana da quaresma. Já nos EUA a festa é no dia 6 de janeiro, e finalmente no Brasil, a festa começa cinco dias antes da quarta-feira de cinzas.
No Brasil o cálculo da data origina-se relativamente ao domingo de Páscoa que ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.
O  carnaval brasileiro ainda é uma das melhores festas do mundo inteiro, tanto é que as cidades ficam lotadas de turistas que querem ver o que há de tão espetacular no carnaval brasileiro. Os desfiles das escolas de samba, principalmente nos sambódromos do Rio de Janeiro e de São Paulo são espetáculos a parte a serem assistidos. Na Bahia e no Recife, os blocos de rua é que são os responsáveis pela animação da população e fazem o povo pular os cinco dias sem parar.
As fantasias carnavalescas começaram a ser usada em 1870 e fizeram sucesso até 1950. As fantasias de carnaval eram usadas por homens e mulheres e serviam para eles se embelezarem, celebrarem a alegria , esconderem suas verdadeiras identidades e chamarem a atenção de todos. As fantasias mais elaboradas foram saindo de moda quando as pessoas começaram a sentir necessidade de ter mais liberdade para brincar o carnaval. Ainda hoje em Veneza (Itália) é possível ver pelas ruas pessoas com lindas fantasias e máscaras de carnaval a brincarem alegremente pelas ruas e praças principais.
O carnaval que inicialmente era uma festa de rua foi transferida para locais fechados dando origem aos bailes de salão. Esses bailes reuniam mascarados, fantasias e tudo mais que você imaginar. Em alguns estados do Brasil o  Carnaval acabou voltando para as ruas e os blocos começaram a se formar e se tornarem famosos e tradicionais. Os blocos saem às ruas e levam consigo por um trajeto especifico com um grande número de foliões atrás dos famosos trios eléctricos que fazem muito sucesso no norte e nordeste do Brasil.

     Psirico no Especial de Carnaval do +Ao Vivo - 07 de Fevereiro de 2012




Carnaval do Brasil

O Carnaval do Brasil é a maior festa popular do país. A festa acontece durante quatro dias (que precedem a quarta–feira de cinzas). A quarta de cinzas tem este nome devido à queima dos ramos no Domingo de Ramos do ano anterior, cujas cinzas são usadas para benzer os fiéis no início da quaresma. O Carnaval prepara o início da quaresma, isto é, seu último dia precede a quarta-feira de cinzas (início da Quaresma).

     Carnaval Tradicional de rua Salvador -Bahia- Brasil


   
Origens brasileiras



Jogos durante o entrudo no Rio de Janeiro
Aquarela de Augustus Earle, c.1822
Comemorado em Portugal desde o século XV[1], o entrudo foi trazido pelos portugueses para a então colônia do Brasil e em finais do século XVIII[2] era já praticado por todo o território. Consistia em brincadeiras e folguedos que variavam conforme os locais e os grupos sociais envolvidos. Com a mudança da côrte portuguesa para o Rio de Janeiro, surgiram as primeiras tentativas de civilizar a festa carnavalesca brasileira[3], através da importação dos bailes e dos passeios mascarados parisienses, colocando o Entrudo Popular sob forte controle policial. A partir do ano de 1830, uma série de proibições vai se suceder na tentativa, sempre infrutífera, de acabar com a festa grosseira.
Em finais do século XIX, toda uma série e grupos carnavalescos ocupam as ruas do Rio de Janeiro, servindo de modelo para as diferentes folias. Nessa época, esses grupos eram chamados indiscriminadamente de cordões, ranchos ou blocos. Em 1890, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira música especificamente para o Carnaval, "Ô Abre Alas!". A música havia sido composta para o cordão Rosas de Ouro que desfilava pelas ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval. Os foliões costumavam frequentar os bailes fantasiados, usando máscaras e disfarces inspirados nos baile de máscaras parisienses. As fantasias mais tradicionais e usadas até hoje são as de Pierrot, Arlequim e Colombina, originárias da commedia dell'arte.
Atualmente, no Rio de Janeiro e em várias grandes e pequenas cidades, as escolas de samba fazem desfiles organizados, verdadeiras disputas para a eleição da melhor escola do ano segundo uma série de quesitos. Com o crescimento vertiginoso dessas agremiações o processo de criação se especializou gerando muitos empregos concentrados, principalmente, nos chamados barracões das escolas de samba.
O desfile mais tradicional acontece no Rio de Janeiro, na Passarela do Samba, Marquês de Sapucai, como é chamado o sambódromo carioca, primeiro a ser construído no Brasil. Outros desfiles importantes ocorrem em Uruguaiana, Porto Alegre,Florianópolis,Manaus e em Vitória.
Recentemente o desfile das escolas de samba de São Paulo adquiriu relevância ao passar a ser transmitido pela Rede Globo para todo o país, exceto no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a RBS TV, afiliada da Globo nos dois estados, transmite os desfiles do grupo especial de Porto Alegre, que ocorre em dois dias (sexta e sabado de carnaval), e Florianópolis (no sabado de carnaval).
Além dos desfiles das escolas de samba acontecem também os desfiles de blocos e bandas, grupo de pessoas que saem desfilando pelas ruas das cidades para se divertir, sem competição. Também existem os bailes de carnaval, realizados em clubes, ou em áreas públicas abertas, com execução de músicas carnavalescas.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.

Carro abre-alas da Gaviões da Fiel.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.


Sapucaí a noite.                           
                                      

 Indústria do carnaval