Embora não tão valorizados em sua própria terra natal, o Brasil produz, sim, alguns super heróis de ficção, que nada ficam a dever ao seus semelhantes criados em outros países. Habitando publicações encontradas somente no mundo dos quadrinhos underground e produções do cinema alternativo, muitos deles são conhecidos apenas por fãs obstinados ou iniciados, sendo que uma minoria destes personagens conseguem contemplar um sucesso comercial razoável ao ponto de tornarem-se conhecidos do grande público.
Imagino que boa parte desses heróis só precisem de um empurrãozinho marketeiro para se tornarem conhecidos nacionalmente, ao mesmo tempo que outros tiveram seu momento de glória em décadas passadas e agora caíram num incômodo ostracismo. Alguns têm super poderes como seus pares criados nos Estados Unidos, outros são estritamente cômicos e há até aqueles cuja única arma é a coragem e o grande coração. Claro, temos nossos anti-heróis, aqueles personagens que usam métodos pouco ortodoxos para resolver as tretas. O panteão é grande, mas vamos tentar abranger aqueles que fazem ou fizeram jus à alcunha de herói, em algum momento da cultura brasileira:
Capitão Nascimento: interpretado por Wagner Moura em Tropa de Elite 1 e 2, o obstinado capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia do Rio de Janeiro tinha métodos bem particulares para arrancar informações e acabar com a bandidagem na capital fluminense. O Capitão Nascimento meio que emulou aquilo que todo brasileiro gostaria de fazer com cada malfeitor deste país: enfiar um saco na cabeça deles, desmoralizá-los perante toda a população e se possível, eliminá-los sem piedade. É faca na caveira!
Macunaíma: o anti-herói criado pelo escritor modernista Mário de Andrade para o livro homônimo é uma ode ao multiculturalismo brasileiro e valorização das raízes tupiniquins, mas ao mesmo tempo reúne defeitos que numa primeira análise o colocariam totalmente afastado do herói idealizado por nós: Macunaíma é preguiçoso, mentiroso, traidor, safado e boca suja desde que nasceu e assim fica até a idade adulta. Ainda assim, ele consegue cativar por enfrentar grandes perigos em busca seu precioso amuleto Muiraquitã.
Vigilante Rodoviário: o personagem vivido por Carlos Miranda na série de maior sucesso da TV brasileira nos anos 60 até hoje é cultuado como exemplo de herói nacional. Sempre na companhia de seu fiel escudeiro, o cão Lobo e a bordo do imponente Simca-Chambord 1959 transformado em viatura de polícia rodoviária (ou numa moto Harley-Davidson devidamente equipada), durante os 38 episódios do seriado, o Inspetor Carlos enfrentou bandidos e perigos diversos, tornando o Vigilante Rodoviário sucesso instantâneo na extinta TV Tupi e na ascendente TV Globo. O Vigilante Rodoviário ganhou até uma revista em quadrinhos e hoje pode ser assistido através da TV por assinatura em canais de programas clássicos.
Capitão 7: história curiosa a do Capitão 7: ele surgiu na Rede Record de São Paulo (canal 7), nos idos do ano de 1954, como um seriado feito para promover a rede de TV, tendo o personagem principal interpretado pelo ator Ayres Campos. A série ficou no ar por mais de 12 anos e ganhou seu próprio gibi após sua estréia na TV. Dos mais conhecidos super heróis brasileiros, o Capitão 7 tinha várias semelhanças com personagens americanos, como o Capitão Marvel, Flash Gordon e o Super Homem: grande força física, capacidade de voar e mover-se em grande velocidade e resistência a ambientes inóspitos para humanos normais.
Raio Negro: criado em 1964 pelo desenhista brasileiro Gedeone Malagola, sua história é muito parecida com a do Lanterna Verde. Seu alter ego é o piloto de aviões e tenente da aeronáutica, Roberto Salles, que num vôo rotineiro acaba encontrando um alienígena moribundo, vindo de Saturno, que lhe confia um anel de luz negra, feito com a energia magnética de Saturno. O humano promete ao ser extraterrestre só usar o poderoso anel para fazer o bem e assume uma nova identidade para dar cabo dessa tarefa. Com o anel, o tenente ganha super força, capacidade de atirar raios de energia, consegue voar e ganha supervelocidade.
Capitão Rapadura: criação do cartunista cearense Mino, o humor dá o tom nas revistas e tirinhas do Capitão Rapadura. O super herói movido a rapadura não usa de violência para combater o mal: suas armas são o humor, a astúcia e seu único super poder é a capacidade de voar. Com 15 revistas publicadas, atualmente podem ser encontradas tirinhas do Capitão Rapadura no jornal Diário do Nordeste.
Mancha Solar: esse personagem faz parte do Universo Marvel e foi criado em 1982. Seu alter-ego Roberto da Costa é apresentado como um jogador de futebol profissional, filho de um megaempresário e que manifestou seus poderes durante uma briga entre jogadores de seu time e adversários de outra equipe. Esses poderes incluem força sobrehumana, pirocinese, controle do fogo, projeção de calor e luz, absorção da energia solar e capacidade de disparar rajadas de energia. Chegou a ser presidente do Clube do Inferno, um grupo de supervilões de recorrentes aparições no Universo Marvel.
Muitos outros heróis brasileiros mereciam uma menção mais detalhada neste post, mas para não nos alongarmos tanto, focamos nos mais conhecidos e importantes. Até fiquei surpreso com a quantidade deles, embora não se contabilize os mais ordinários que aparecem na televisão nas novelas e séries e em alguns filmes. Caso seu senso de curiosidade seja maior, basta pesquisar pelos nomes dos heróis abaixo:
Super heróis que falam português
Imagino que boa parte desses heróis só precisem de um empurrãozinho marketeiro para se tornarem conhecidos nacionalmente, ao mesmo tempo que outros tiveram seu momento de glória em décadas passadas e agora caíram num incômodo ostracismo. Alguns têm super poderes como seus pares criados nos Estados Unidos, outros são estritamente cômicos e há até aqueles cuja única arma é a coragem e o grande coração. Claro, temos nossos anti-heróis, aqueles personagens que usam métodos pouco ortodoxos para resolver as tretas. O panteão é grande, mas vamos tentar abranger aqueles que fazem ou fizeram jus à alcunha de herói, em algum momento da cultura brasileira:
Capitão Nascimento: interpretado por Wagner Moura em Tropa de Elite 1 e 2, o obstinado capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia do Rio de Janeiro tinha métodos bem particulares para arrancar informações e acabar com a bandidagem na capital fluminense. O Capitão Nascimento meio que emulou aquilo que todo brasileiro gostaria de fazer com cada malfeitor deste país: enfiar um saco na cabeça deles, desmoralizá-los perante toda a população e se possível, eliminá-los sem piedade. É faca na caveira!Macunaíma: o anti-herói criado pelo escritor modernista Mário de Andrade para o livro homônimo é uma ode ao multiculturalismo brasileiro e valorização das raízes tupiniquins, mas ao mesmo tempo reúne defeitos que numa primeira análise o colocariam totalmente afastado do herói idealizado por nós: Macunaíma é preguiçoso, mentiroso, traidor, safado e boca suja desde que nasceu e assim fica até a idade adulta. Ainda assim, ele consegue cativar por enfrentar grandes perigos em busca seu precioso amuleto Muiraquitã.Vigilante Rodoviário: o personagem vivido por Carlos Miranda na série de maior sucesso da TV brasileira nos anos 60 até hoje é cultuado como exemplo de herói nacional. Sempre na companhia de seu fiel escudeiro, o cão Lobo e a bordo do imponente Simca-Chambord 1959 transformado em viatura de polícia rodoviária (ou numa moto Harley-Davidson devidamente equipada), durante os 38 episódios do seriado, o Inspetor Carlos enfrentou bandidos e perigos diversos, tornando o Vigilante Rodoviário sucesso instantâneo na extinta TV Tupi e na ascendente TV Globo. O Vigilante Rodoviário ganhou até uma revista em quadrinhos e hoje pode ser assistido através da TV por assinatura em canais de programas clássicos.Capitão 7: história curiosa a do Capitão 7: ele surgiu na Rede Record de São Paulo (canal 7), nos idos do ano de 1954, como um seriado feito para promover a rede de TV, tendo o personagem principal interpretado pelo ator Ayres Campos. A série ficou no ar por mais de 12 anos e ganhou seu próprio gibi após sua estréia na TV. Dos mais conhecidos super heróis brasileiros, o Capitão 7 tinha várias semelhanças com personagens americanos, como o Capitão Marvel, Flash Gordon e o Super Homem: grande força física, capacidade de voar e mover-se em grande velocidade e resistência a ambientes inóspitos para humanos normais.Raio Negro: criado em 1964 pelo desenhista brasileiro Gedeone Malagola, sua história é muito parecida com a do Lanterna Verde. Seu alter ego é o piloto de aviões e tenente da aeronáutica, Roberto Salles, que num vôo rotineiro acaba encontrando um alienígena moribundo, vindo de Saturno, que lhe confia um anel de luz negra, feito com a energia magnética de Saturno. O humano promete ao ser extraterrestre só usar o poderoso anel para fazer o bem e assume uma nova identidade para dar cabo dessa tarefa. Com o anel, o tenente ganha super força, capacidade de atirar raios de energia, consegue voar e ganha supervelocidade.Capitão Rapadura: criação do cartunista cearense Mino, o humor dá o tom nas revistas e tirinhas do Capitão Rapadura. O super herói movido a rapadura não usa de violência para combater o mal: suas armas são o humor, a astúcia e seu único super poder é a capacidade de voar. Com 15 revistas publicadas, atualmente podem ser encontradas tirinhas do Capitão Rapadura no jornal Diário do Nordeste.
Mancha Solar: esse personagem faz parte do Universo Marvel e foi criado em 1982. Seu alter-ego Roberto da Costa é apresentado como um jogador de futebol profissional, filho de um megaempresário e que manifestou seus poderes durante uma briga entre jogadores de seu time e adversários de outra equipe. Esses poderes incluem força sobrehumana, pirocinese, controle do fogo, projeção de calor e luz, absorção da energia solar e capacidade de disparar rajadas de energia. Chegou a ser presidente do Clube do Inferno, um grupo de supervilões de recorrentes aparições no Universo Marvel.
Heróis brasileiros. E não é nenhum BBB
Muitos outros heróis brasileiros mereciam uma menção mais detalhada neste post, mas para não nos alongarmos tanto, focamos nos mais conhecidos e importantes. Até fiquei surpreso com a quantidade deles, embora não se contabilize os mais ordinários que aparecem na televisão nas novelas e séries e em alguns filmes. Caso seu senso de curiosidade seja maior, basta pesquisar pelos nomes dos heróis abaixo:
- Besouro (O filme)
- Homem Lua
- Golden Guitar
- Judoka
- Hydroman
- Mylar
- Escorpião
- Fogo e Gelo (Liga da Justiça, DC Comics)
- Quebra Queixo
- Necronauta
- Chicó e João Grilo (Auto da Compadecida)
