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31 de jan. de 2012

Madre Tereza de Calcutá


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Nestes tempos de facilidades universais, de materialismo, consumismo desenfreado, da ideologia dominante do “O mundo é meu negócio”, exemplos de vida de pessoas como Madre Tereza mostra que a sociedade precisa de mais do que o pão.
Doar coisas torna-se até sintomático, um ato gerado de uma moda, ou de uma dica da auto-ajuda, um ato gerado sem a motivação do amor, apenas uma automedicação espiritual.
No entanto, amar é para quem insiste em aprender este sentimento porque quer vivê-lo. Depois de educado no amor a nossa perspectiva de mundo muda, e mudando a visão, muda tudo.
Madre Tereza gostava de dizer: “Em cada pessoa eu vejo Cristo. E porque Cristo é sempre o único para mim a qualquer momento – Cristo é aquele que fica em frente a mim, precisando da minha ajuda”. E Cristo afirmava “Na medida em que você faz isso a um destes meus pequeninos, a mim o fizestes.”
Madre Teresa – no mundo Agnes Gonzha Boyakshu – nasceu em 1910 na Albânia, numa família bastante rica. A Família Boyakshu era católica – estava em minoria entre os muçulmanos albaneses e sérvios ortodoxos.
O grande momento para uma vida que se entregaria aos pobres foi um episódio dramático. Madre Teresa, num determinado encontro, viu coberta de chagas, apodrecendo viva e incapaz de se mexer, uma mulher que estava em um carrinho de mão num hospital ao lado do seu filho… e ela ficou lá na entrada. Madre Teresa teve vontade de intervir, mas não podia: “Eu não poderia estar junto dela, tocá-la. Eu fugi. E nessa fuga comecei a pedir: ” Quero um coração cheio de amor, pureza e humildade que eu possa aceitar a Cristo, tocá-lo, o amor de Cristo, nas ruínas do corpo. Depois que eu voltei com ela, lavei-a e ajudei-a a morrer com um sorriso. Esse foi o meu sinal. “
Depois desse evento, sentindo-se presa, Madre Teresa escreveu uma carta pessoalmente ao papa pedindo para deixar o mosteiro. Em 1948, aos 38 anos de idade, com um vestido comprado no mercado barato, deixou seu curso, o mosteiro, sua família e desapareceu em uma das piores favelas de Calcutá. Nunca mais voltou.
O alcance da misericórdia dessa mulher neste dia gerou uma corrente de Caridade com cerca de 300.000 membros em 80 países – uma rede global de orfanatos, abrigos, hospitais colônia de leprosos, e em Calcutá, em um centro de reabilitação para hanseníase, e uma infinidade de seguidoras que abraçaram sua causa.
Madre Teresa morreu em 1997. Escreveu: “Eu senti que o Senhor estava esperando para que eu voluntariamente desistisse de uma vida tranqüila na minha ordem e saísse às ruas para servir aos pobres. Foram instruções simples e claras: eu tive que deixar as paredes do mosteiro para viver entre os pobres. E não apenas os pobres. Ele me chamou para servir os desesperados, os mais pobres em Calcutá – aqueles que não têm nada nem ninguém, e perto dos quais ninguém quer chegar, porque eles são contagiosos, sujos, eles estão cheios de parasitas, de modo que não pode nem mesmo ir mendigar, porque eles estão nus, não têm mesmo panos para cobrir o corpo, não podem comer por causa do cansaço. Eles não choram mais, porque não têm lágrimas. Jesus me mostrou essas pessoas durante minha vida, e ele queria que eu as amasse. Deus precisava de minha pobreza, da minha fraqueza, da minha vida, a fim de demonstrar seu amor aos pobres“.
Nas pessoas mais carentes de Calcutá, eu amava Jesus. Aqui não há tempo para ficar entediada, para reclamar da vida. Eu tenho vivido e confiando totalmente na vontade de Deus. Eu senti cada minuto da sua presença, ele se envolveu direto na minha vida.
Pouco antes de sua morte, um repórter perguntou-lhe: “Você tem medo da morte?”. Madre Teresa respondeu:
Não, absolutamente não tenho medo. Eu vou voltar para casa. Você tem medo de voltar para casa com seus entes queridos? Estou ansiosa pela morte, porque depois que eu conheci Jesus e todo aquele povo durante minha vida terrena Vai ser um encontro maravilhoso, não é?”.

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