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18 de jan. de 2012

Micos legais do rock in Rio


Tava dia desses dando uma espiada no Jornal do Brasil e me deparei com isso:

Um lugar, duas semanas, sete dias e nós dividimos o gramado da Cidade do Rock com mais de 700 mil pessoas em mais de 100 horas de cobertura. Já te mostramos todos os bafos e highlights, mas nem só de catarses coletivas durante os shows viveu o Rock in Rio. Vamos conferir os 15 maiores micos desta edição organizadamente encaixados em 4 categorias?

Micos VIPs

1 – Não teve para ninguém! Logo no primeiro dia, já foi determinado qual seria o bordão dessa edição do festival: 'Hoje é dia de rock, bebê!' Os créditos devem ser dados a Christiane Torloni, em sua entrevista a Dani Monteiro, ao vivo, na cobertura do Multishow – que, aliás, mereceu um mico especial, aguarde. A assessoria da atriz já esclareceu que ela não estava alcoolizada e muito menos sob o efeito de drogas. Segundo comunicado, Christiane é apenas budista (e do rock ‘n roll), bebê!

Os VIPs renderam bastante material para essa seleção e, também no dia 23 de setembro, Monique Alfradique tentou disfarçar, mas acabou denunciando que não prestou muita atenção ao show de Elton John. Logo depois da apresentação, Dani Monteiro perguntou à atriz qual música do Sir ela mais gostava. A resposta? Your song, que ela disse ter amado e se emocionado quando John começou a tocá-la. O problema foi que Elton simplesmente não cantou a música! Mico!

2 – Nessa edição os artistas estavam muito, digamos, relapsos. Eriberto Leão veio correndo de Araras, interior paulista, para não perder o último dia de shows do Rock in Rio. O ator queria muito ver o Detonautas Roque Clube e os headliners da noite: System of a Down e Guns ‘n Roses. Eriberto, aliás, já tinha ido ao show do Guns em 2001, 'quando Slash ainda estava na banda', segundo o galã. Pena que... Slash abandonou o grupo em 1996! Ainda bem que Axl Rose, que não fala com o guitarrista até hoje, não ouviu nada...
 No começo do Rock in Rio boatos sobre invasões circularam pela Cidade do Rock, mas, na última noite a confusão foi maior. Um grupo tentou invadir o festival duas vezes e a empresa de segurança contratada pelo evento precisou de ajuda da Polícia Militar, com suas bombas de gás lacrimogêneo e sprays de pimenta, para conter os vândalos. Um desses artefatos acabou atingindo o ator Thiago Rodrigues, que chegou ao evento para ver o Gun ‘n Roses acompanhado da mulher, Cristiane Dias, com os olhos vermelhos.


Mico televisivo

3 – Logo ela, que nos rendeu tantos candidatos na categoria anterior, acabou se tornando um mico: a transmissão do Multishow. O canal da Globosat transmitiu todos os shows do festival ao vivo, com entrevistas e comentários mil feitos por Erika Mader, Dani Monteiro, Beto Lee, Luisa Micheletti Didi Wagner. As duas últimas apresentadoras teciam suas opiniões sobre cada show como se um script seguissem, onde as falas e apontamentos eram sempre os mesmos: “legal”, “incrível”, super show” e variáveis, como se não tivessem embasamento algum para criticar as apresentações. Durante o esperado show do System of a Down, por exemplo, a música Toxicity foi chamada de Disorder. Logo por elas que têm experiência no meio musical, desde os tempos em que trabalhavam na MTV. Micaço.



No estúdio montado atrás do Palco Mundo, Didi Wagner e Luisa Michelleti comentavam os shows e recebiam os artistas recém saídos ou prestes a surbir ao palco, como Claudia Leitte
No estúdio montado atrás do Palco Mundo, Didi Wagner e Luisa Michelleti comentavam os shows e recebiam os artistas recém saídos ou prestes a surbir ao palco, como Claudia Leitte
Micos do Mundo

4 - Claudia Leitte prometeu que o Palco Mundo do Rock in Rio seria o cenário de estreia de uma nova Claudia Leitte. Músicas em todas as línguas e covers embalaram os fãs e o resto do público que vaiou a cantora em alto e bom som. Mas Claudinha resolveu sair do palco de um jeito diferente e foi içada por cabos de aço. Só que ela não pensou que poderia virar de cabeça para baixo e ficar balançando as pernas para o alto até conseguir se desvirar.

Além de vaiar a apresentação de Claudia Leitte, o público do Rock in Rio foi responsável por outro micos mal educados. Enquanto Elton John estava sentado em seu piano, gritavam por RihannaLenny Kravitz se empenhava em seus solos de guitarra e o povo só sabia clamar por Shakira. E até o show de Marcelo Camelo com a banda californiana The Growlers, no palco Sunset, foi alvo da gritaria que pedia pela entrada dos Titãs. Certeza que não foi isso o que esse pessoal aprendeu com suas mães...

5 - Rihanna disse que estava passando mal enquanto o seu público, muito cansado, já ia perdendo a disposição de esperar a cantora subir ao palco e deitava-se sobre o gramado da Cidade do Rock. Muitos dormiram. No último dia, Axl Rose e companhia fizeram os fãs esperarem por exatamente 1 hora e 37 minutos debaixo de chuva para o show com mais de 30 músicas no setlist. Atrasos não são legais nem no cabeleireiro, imagina em um festival de música.

6- Mais uma de Rihanna. Na verdade, mais uma para ver Rihanna. Depois de ter deixado 100 mil pessoas em êxtase com sua apresentação, Katy Perry tirou o último dos seus trocentos figurinos de show e foi assistir à amiga Rihanna em ação. O problema é que a fofa foi barrada pela segurança do evento e teve de esperar por cerca de 10 minutos até que liberassem a sua entrada na área restrita em frente ao palco. Tadinha.



Depois de de ser barrada, Katy Perry conseguiu ver o show de Rihanna do meio do povão
Depois de de ser barrada, Katy Perry conseguiu ver o show de Rihanna do meio do povão
7- Nós também não conseguimos entender o porquê de Sepultura e Joss Stone terem seus shows abrigados pelo palco secundário do festival. Já disseram que o Sepultura estava lá por causa do jogo de parcerias que marcava os shows do Sunset (eles dividiram o 'stage' com a Tambours Du Bronx), mas colocar a bandaGlória como atração do palco principal, enquanto os ícones do metal tocavam ao lado fez tudo ter menos sentido ainda. Já Joss Stone fez seu show sozinha no Sunset, para uma quantidade de fãs fervorosos (que sabiam cantar todas as músicas melhor do que ela, como a própria nos contou) que pouco se viu durante todos os dias do festival. A não ser durante o show do... Sepultura.

8 - São Pedro bem tentou segurar a chuva que ameaçou diversos dias de Rock in Rio, mas não conseguiu evitar um temporal durante o último show. Resultado? O palco principal a-la-ga-do! Axl Rose cantava alguns versos e funcionários do backstage usavam rodos para expulsar (muita) água do palco. Fenômeno da natureza? Pode até ser, mas se houvesse fenômenos da natureza como esse durante todos os dias do festival, todos os artistas dividiriam espaço com rodos e capas de chuva?


Axl Rose pediu o auxílio de rodos para expulsar a água da chuva que alagou o palco Mundo
Axl Rose pediu o auxílio de rodos para expulsar a água da chuva que alagou o palco Mundo
9 - Ouvimos muitas reclamações vindas de gente que não estava ouvindo muita coisa. A galera do fundão reclamou bastante que pouco podia ouvir dos shows, já que alguns dos “peixes” (as torres com caixas de som) estavam desligados. Quem estava em casa, assistindo pela TV, também criticou bastante a qualidade do som recebido. Festival de música com som ruim é muito mico.
Micos eternos

10 - O furto de equipamentos dentro da sala de imprensa não se repetiu na segunda parte do festival, o acesso à área foi mais restrito e câmeras de segurança foram instaladas. Mas o sumiço das câmeras fotográficas foi tão absurdo que merece ser mico eterno.
11 - A estrutura dos banheiros montados em frente à sala de imprensa também foi alterada e o gramado que, no dia 23/09, estava embebido em urina, trocado. Mas achamos a implosão do sistema de esgoto dos sanitários durante o primeiro final de semana de Rock in Rio tão chocante que também elegemos como uma das vergonhas do festival inteiro. Em tempo: quem passasse ontem pela rua paralela que circundava a Cidade do Rock encontrava, facilmente, algumas poças de xixi pelo caminho – a cor da água não deixava dúvidas.
12 - A justificativa, muito bem explicitada pela assessoria do evento, ressalta que o tratamento aos jornalistas na área VIP do RIR é o mesmo nos demais países, sempre funcionando muito bem. Mas aqui fica uma dica a Roberto Medina, muito mais do que uma reclamação: que tal, então, repensarmos esse tratamento nos demais países onde rola o festival, e, de tabela, aqui no Brasil também? Porque colete amarelo, restrição prévia de bufê, revezamento e retenção de credenciais são determinações que, além de grosseiras, soam antipáticas diante de profissionais que estão ali, no fim das contas, não só promovendo celebridades, como também o próprio evento. Se a intenção é dar privacidade aos vips, por que uma publicação 'oficial', veiculada como tantas outras, pode ter o direito de invadir essa tal privacidade? Qualquer relação é uma via de mão de dupla. E quando a via congestiona, é uma tragédia...

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